terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

SEM MARGEM PARA ERROS

Fui e sou daqueles que verberei contundentemente o Benfica nesta presente conjuntura porém, neste momento, mais calmo e com outra reflexão, reconheço um certo exagero e injustiça da minha parte porque agi num momento quente. Desta forma e sem pretender justificar a minha atitude vou procurar fazer uma análise fria da verdadeira realidade. 
Agora falando mais a sério. Todos os seres humanos, quer de forma pessoal quer no exercício das suas actividades, quer na gestão dos seus empreendimentos, nunca atingem a perfeição absoluta pois em muitas ocasiões, por diversas  razões e motivos vários, de que não podemos abstrair a própria condição humana, cometem erros e falhas muitas vezes das mais graves, algumas até com o cunho de irreparáveis. Como diz a sabedoria popular, ninguém é perfeito! 
Em competição. para se ter êxito no meio de todas estas naturais imperfeições, teremos de jogar com as próprias deficiências daqueles com quem competimos esforçando-nos por cometer o menor número de erros em relação ao adversário. Assim, se errarmos em certos momentos, restar-nos-á sempre uma possível margem de manobra para podermos recuperar e corrigir o falhanço, que consiste  em esperar que os outros errem de igual forma noutras ocasiões. Essa é mesmo uma das principais características do futebol; saber gerir os nossos percalços procurando ser mais regular que os outros contendores. Este devia ser o cenário normal onde todos os peões se movimentariam com honestidade, de forma séria e leal. 
Para colmatar as deficiências previstas é que se investem numerosos fundos na contratação de bons atletas, os melhores e mais capazes, é que se contratam os melhores treinadores, é que se procuram os meios necessários que irão mais tarde permitir ultrapassar possíveis e inevitáveis falhanços.
Mas então que acontece e porquê que as coisas não se passam dessa forma? Todos sabemos que, há mais de trinta anos, há no futebol português uma completa subversão destas regras fundamentais por parte de um Clube sem moral que, por fugir á Lei, tem deitado mão duma imensidão de meios fraudulentos, sobejamente conhecidos, que ou os põe a salvo de qualquer mau êxito ou, acontecendo este, lhes garante uma margem segura para reparação do erro cometido. Nem era preciso dizê-lo pois toda a gente sabe que se trata  do Clube corrupto de Contumil e da quadrilha, curiosamente ainda a mesma, que o vai conduzindo pelos retorcidos caminhos da indignidade e do crime. É só esta Agremiação a única que tem mantido tudo dominado e oprimido, da forma que mais lhe apraz e como muito bem lhe apetece. E fazem-o já tão á descarada e com um à-vontade tão gritante como se fosse um direito que lhes assiste ou como donos de um estatuto próprio. Claro que para branqueamento dessa rapina sistemática e para o escândalo não ser tão indecoroso, em cada cinco anos lá permitem que um dos outros intervenientes na contenda, de preferência os alinhados e submissos, só a contra-gosto o Benfica, ganhem um título e no fim lhes agradeçam a magnanimidade.
Pelo exposto, posso então agora afirmar que o Benfica entra todos os anos na competição sem a mais ligeira margem de erro porque, se falhar, sofrerá as consequências de forma irreversível, sem a mínima hipótese de recuperação. Porque se errar lá estará o tal Clube emboscado na trapaça para usufruir do seu falhanço. Não porque invista mais ou lhe advenha a superioridade de um mérito próprio, mas porque conseguem manter-se sempre á espreita. O que se passou em apenas estes dois recentes jogos é bem o exemplo do que explano. Os malfeitores do Freixo levavam cinco pontos de atraso do Benfica mas julgam que eles andavam perturbados com isso? Claro que não, pois já sabiam a fórmula própria para ultrapassar tal desaire. Por isso as palavras do nosso treinador quanto ao desfecho do jogo de sexta-feira só são verdadeiras em relação a uma das partes que, torna-se evidente, é o nosso Clube. 
Em jeito de conclusão e enquanto as coisas não mudarem de maneira radical para uma situação de salutar competição desportiva, com a lisura de regras iguais para todos, cumprimento da lei, sem o constante clima de guerrilha provocatória, com uma justiça digna e verdadeira, é mais que certo que o Benfica a muito custo ganhará qualquer campeonato neste País; mesmo que se esvaia em inúteis sangrias financeiras contratando atletas de eleição, mesmo que pratique um futebol de outra galáxia, mesmo que seja uma Instituição de incomensurável grandeza, como o é pela sua história, porque isso não bastará nem evitará os dias menos conseguidos.
Houve campeonatos no passado em que o Benfica, nesse tempo possuidor de grandes equipas, chegou a levar sete pontos de atraso do primeiro classificado e, mesmo assim, recuperou muitas vezes e veio a ser campeão. Porque isso, então, era possível mas agora não o é. O Benfica não pode falhar porque lhe não é permitido e tem de ser perfeito até ao fim, o que é impossível. 
Esta é a verdade!


domingo, 26 de fevereiro de 2012

TRISTE FADÁRIO

Ora aí está; bastou um pequeno sopro de contrariedade num jogo enregelante para tudo se desmoronar como um  frágil castelo de cartas, para as ditas exibições até aí produzidas se desvalorizarem até á categoria de lixo, como agora se classifica nos mercados da economia, para a euforia desmedida e infundada vir a dar lugar á abulia e ao conformismo. Não retiro uma vírgula do que escrevi no meu tópico anterior porque só quem não anda por cá ao tempo que eu já ando é que não entende, não viu ou não quis ver a mensagem que toda a situação claramente indicava. E temo, digo mal, tenho a convicção de que se nada se alterar profundamente na sexta-feira próxima, sofreremos as iguais e mesmíssimas humilhações que ocorreram no passado campeonato. 
Não venham para aqui indignar-se comigo por eu pensar desta forma, nem armar-se em valentes, ah e tal, nada está perdido, no próximo jogo os jogadores vão dar tudo por tudo, como garantiu o José Augusto hoje na BTV e outros estereótipos usados nestas alturas, porque são conversas de derrotados, sem sentido e que nada resolvem. O que eu quero é que se consigam os objectivos que pretendemos, sem deixar correr ou esperar que os resultados caiam do céu. Porque eu não posso conceber nem aceitar que uma equipa como a do Benfica que até há quinze dias tinha mostrado uma superioridade tão vincada nas suas actuações venha, em poucos dias, a perder cinco pontos em dois jogos e, ainda por cima, contra equipas absolutamente acessíveis e até mesmo fracas, uma delas com a desmotivação de ter salários em atraso. Suponho que nem os lagartos cometeriam tal proeza. E não sinto repugnância alguma em bater nos "artistas" que ganham principescamente e não conseguem superar adversários com muitas mais limitações. Porque quem sofre sou eu e muitos como eu, pode ser um padecimento irracional mas é desgraçadamente verdadeiro. 
E, desta vez, torna-se ainda mais doloroso porque se ofereceram miseravelmente e de mão beijada todas as ambições porque lutamos a um inimigo que nada fez para atingir o êxito que perseguimos e se limitou a esperar com a certeza dum predador á espreita. E vai ser verdadeiramente um escândalo vir a constatar como o nosso Clube vai perder um campeonato para esse inimigo que, diga-se o que se disser está, presentemente, muitos furos abaixo do nosso (pelo menos aparente) valor, ainda por cima orientado por um treinador que chega a roçar a anedota.
Não entendo o que se passa na nossa Instituição, não entendo o triste fado que todos os anos, já lá vão mais de trinta, nos persegue, não entendo a capitulação repetitiva que nos amarfanha o ânimo quando percebemos o céu tão perto e quando sentimos já a glória e os aplausos da chegada á meta.
Perder cinco pontos em 2 jogos e sem marcar um golo sequer? É dum surrealismo atroz e para o qual não adianta chorar porque é leite derramado. Nem aceito palmadinhas de conforto, nem de falsos lenitivos de melhores dias porque tais expressões tresandam a hipocrisia, transmitem falsas esperanças, denotam piedosa misericórdia e fazem parte do vocabulário e do léxico dos perdedores. Se com as condições que ainda temos viermos a perder este campeonato como, sinceramente e realisticamente acredito, fico angustiosamente a perguntar; então quando ganharemos outro?
Triste fadário!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

FALTA DE ESTOFO

"Consumatum est"! E aí está a primeira derrota do Benfica no presente campeonato; desnecessária, escusada, inglória; e onde ela se devia ter dado, vejam lá!
Saí esta semana e não levei comigo o meu PC porque, em certos hotéis, são uns exploradores pois chegam a levar 3 a 5 euros por uma hora de wi-fi. Ora, como depois do que se passou em Guimarães eu não posso ficar calado e tenho de postar, vejo-me obrigado a usar o meu iPhone para suprir aquela falta. Dá mais trabalho, leva mais tempo e é menos funcional; mas serve.
    Voltando á questão principal, convenhamos que uma equipa que seja ou tenha a pretensão de ser uma equipa de topo, que joga na Liga dos Campeões e que tem um plantel de grande qualidade pago a peso de ouro não pode, de forma alguma e num jogo de crucial importância, perder com um Guimarães qualquer, numa circunstância qualquer e seja lá em que terreno for. Tal facto e da forma como sucedeu, só denota falta de classe e falência de categoria. Dizem que se tornava necessário vencer o Xistra, também o julgo, mas para isso era preciso e acima de tudo vencer em primeiro lugar o clube local, o Vitória. 
Correu mal, era certo e sabido e eu tinha mesmo um mau palpite. Está visto que o Benfica não tem estatura de grande equipa e, sem pessimismos estéreis, creio que este campeonato, malogradamente, já foi. Claro que, em relação a todas as outras equipas, uma derrota destas não passaria de um "fait-divers" porque para todas elas chegaria o Benfica muito bem, porém, não nos podemos esquecer que existe uma delas, a dos suínos de Contumil que, por ser uma organização batoteira, se aproveita e usa a deslealdade para competir. Para esta é que nem o Benfica nem nenhum outro Clube podem chegar e, desta forma, os meliantes do Freixo escusam de se esforçar muito pois para eles tudo é caminho-chão e caem-lhe os objectivos do céu. Tornar-se-ia necessária uma distância considerável de pontos na tabela classificativa para os afastar, tantos e tão eficazes são os recursos de que podem deitar mão.
É um sacrilégio o que vou dizer, sobretudo para mim que abomino de forma radical e feroz essa Besta maligna, e em princípio nenhum poderá ser tomado como um elogio, mas eles, com o razoável plantel que têm e mesmo com o arremedo de treinador que os orienta, nunca perderiam um jogo destes. Diz a Escritura que os filhos das Trevas são mais espertos e audazes que, ad litteram, os filhos da Luz o que, nesta conjuntura, é uma pura verdade. Será por determinação, será por virtude, será por ódio ou orgulho? Sei lá, mesmo que seja por incentivo do lado negro de toda a Força que nos move. Ora o lado bom dessa Força, apesar de odiar e combater todos os representantes do Mal deve, por sua vez, aprender com o inimigo tudo aquilo que possa ser aproveitado de maneira construtiva e só por isso é que eu o citei. Reconheço, contrafeito, que essa gente usa uma  intrínseca tenacidade e não claudica nas ocasiões fundamentais. Poderá custar admiti-lo mas é um facto indesmentível.
Não pretendo e lamento mesmo estar a ser ave de mau agoiro, nem mo leveis a mal, mas parece evidente ser curial que se diga adeus a este campeonato pois estou em crer que será o corolário lógico da falta de competência demonstrada pelo nosso Clube nas horas decisivas em que se pode escrever história. Temo pelas sequelas negativas que possam advir desta derrota em Guimarães; que se baixe a guarda e se enverede pelo caminho do desalento, da fatalidade que nos conduza de vexame em vexame até á humilhação final, á semelhança do que aconteceu não vai ainda tanto tempo assim e se encontra dolorosamente fresco na memória de todos os benfiquistas a queimar como ferrrete de vergonha e nos leve a morrer fatalmente na praia. Desânimo para todos, é suposto, nunca nos responsáveis: porque nós somos filhos da Luz.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

INCONVENIÊNCIA



Muito embora nem sempre se consiga andar na vida de forma perfeita devemos, no entanto, procurar agir nesse sentido. Ora, como eu gosto de ser coerente com tudo aquiio que digo e procuro fazer, aqui estou a tentar seguir esta linha de comportamento. Escrevi, neste espaço e há tempos atrás, o meu desagrado e mesmo indignação pela entrevista que o corrupto do Freixo foi dar (ou lhe pediram para dar) a uma televisão pública, sentimentos esses que mantenho no mesmo grau de intensidade. 
Assim sendo e muito embora não se possam comparar as atitudes e circunstâncias de um e de outro personagem, mesmo assim e por uma questão de coerência, venho dizer que não me agrada nada que o Presidente do Benfica, Sr. Luis Filipe Vieira, venha agora a tornar-se também num habitué destas andanças e  com isso se venha a concluir que possa  estar a seguir na esteira do mafioso de Contumil. 
Entendo que o Sr. Vieira devia fugir desses holofotes que o podem expor com mais visibilidade e desnecessariamente a críticas verrinosas e mal formuladas, dando aso a que as mentes distorcidas dos seus inimigos ataquem gratuitamente o nosso Clube. Se fosse na nossa Televisão, tudo bem.
Com a propensão de vitória que o Benfica está a seguir, devia deixar-se toda a escumalha ressabiada a falar sozinha e não se lhes oferecer a lenha com que nos poderão queimar. É o que penso, ainda mais quando se ouve dizer que, quase sempre, os que menos falam são os que fazem obra!
Acho mal e extemporânea esta entrevista, mesmo que ela venha a ser um sucesso!