quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CONVERSA FIADA


Fui daqueles que, na passada época, fiquei mais descontente e até agastado por o Benfica ter conquistado a Taça da Liga, apenas e só, do que por ter sido eliminado hoje. Continuo a achar que esta competição não tem qualquer valor desportivo a não ser para equipas de segundo plano e que para uma equipa doutro gabarito como a nossa, a verdade é que só atrapalha. Deve-se acrescentar ainda o ponto positivo de a eliminação não ter resultado de uma derrota no respectivo jogo, apenas aselhice na marcação das penalidades, a que soe chamar-se de lotaria, mantendo desse modo a invencibilidade no jogos jogados. Por isso, não vou entrar em desesperos negativos, muito embora também não embandeire em arco.
Diz-se que devemos concentrar esforços e atenções noutros objectivos mais importantes, como a Taça de Portugal, o campeonato e a Liga Europa; nada mais avisado o que me leva a concordar, sem reserva, com tais parâmetros. Só que (e há sempre um mas), se no tocante á Taça de Portugal é praticamente certa a nossa presença na sua final, quanto ao campeonato, dita principal prioridade e conhecendo-se, como se sabe, a fraude em que foi tornado o futebol português, se me afigura muito difícil, senão impossível, a sua consecução. Porque nele está inserida uma equipa de trafulhas e batoteiros que compete sem quaisquer regras e para a qual tudo vale e serve e que, por estes motivos e muitos mais, não sofre nem se torna possível infligir-lhe qualquer derrota ou mesmo perda de pontos. Não tenho ilusões a tal respeito e penaliza-me até certa ingenuidade, para lhe não chamar outro nome, de todos aqueles companheiros benfiquistas que, porventura, acreditam que nestas coisas ainda há lisura e verdade. 
Hoje o Benfica apresentou em Braga uma equipa considerada de segunda linha por força da gestão de um plantel possivelmente sobrecarregado com muitos jogos, porém, mesmo assim, podia ter eliminado o adversário com a mesma dose de probabilidade com que também o poderia ter sido, como foi. Tudo normal, entendo eu. Mas alguém tem dúvidas de que, se lá tem estado a equipa dos Corruptos, alguma vez naquelas duas quedas dos nossos jogadores na grande área do Braga, não teriam sido prontamente marcados os respectivos castigos máximos garantindo-lhes, dessa forma, a vitória? E nisto se resume a diferença, toda a diferença. 
Assim, não sei se não teria valido a pena o Benfica, pelo sim pelo não, ter-se empenhado a sério  em comparecer em mais uma final da taça da Liga. Bom, embora de pouca monta, sempre era mais um troféu.