quarta-feira, 20 de abril de 2011

LUTA DESIGUAL

Vai ter lugar, daqui a pouco, o jogo da segunda mão para a taça de Portugal, entre os Criminosos do Freixo e o Benfica. Não teria nada que dizer, devendo limitar-me apenas a esperar os acontecimentos, sem muita expectativa, emoção ou ansiedade. Porém, nestas ocasiões, não sei porquê, assaltam-nos quase sempre funestos pressentimentos que dão connosco a congeminar um sem número de pertinentes reflexões. 
E assim, dou comigo a meditar em determinadas situações que podem influir e condicionar mesmo o resultado desse desafio. Em primeiro lugar sobressalta-me a pouca sorte do Benfica pois, nesta fase crucial da temporada, logo se foi lesionar o Salvio, uma das pedras principais do ataque e depois outra não menos importante, o Gaitan que, pelos vistos, também não vai jogar mais logo. Bom, mas neste aspecto, apenas se poderão culpar as contingências da fatalidade. Por sua vez, vou-me perguntando com descrença: quando virá o dia em que o nosso Clube poderá fazer um jogo limpo e com igualdade de oportunidades em confrontos desta natureza, libertando-se da inevitável sina de ter de enfrentar sempre catorze ou mais adversários? Tenho a certeza de que, se tudo acontecesse com lisura e dignidade, não haveria preocupação nem angústia para nenhum dos lados e palpita-me, como em tantas outras ocasiões semelhantes, que não vai ser assim.
Os Corruptos descem a Lisboa, ao estádio da Luz, como predadores insatisfeitos e vorazes, sabendo que em qualquer necessário momento poderão utilizar em seu proveito o parcial desnivelamento de forças. Uma delas será a equipa de arbitragem. Ouvi por aí que, com o árbitro Xistra, vai certamente haver assalto no nosso Estádio. Nada me custa a corroborar tal afirmação, no entanto, com outro qualquer apitador seria igual pois todos eles gastam da mesma casa. Entretanto, o que mais me mete medo e me deixa deprimido é o recurso químico. Pouco percebo disso ou de como tal é levado a cabo, mas uma coisa é certa: se essa Corja do Freixo estiver em condições de o utilizar então, caros amigos, a nossa hipótese de sucesso será muito reduzida. 
Andaria muito mais calmo e mostraria outra disposição se, como disse, o nosso Benfica pudesse jogar sempre com os seus onze contra outros onze, mas isso nunca acontece. Onze, com arbitragens doze, com  ajudas químicas treze e com incitamentos de todo um bando de almas vendidas aos senhores das Trevas, aí estão os catorze.  
É certo que, mesmo assim e nalgumas vezes, esse inimigo sinistro pode ser derrotado, mas não o é menos que, na grande maioria delas, as coisas seguem o seu programado e inexorável  percurso. 

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