domingo, 5 de janeiro de 2014

MORREU O ÚLTIMO GRANDE HERÓI

Hoje de manhã deparei-me com a infausta notícia da morte de Eusébio, o grande símbolo do nosso Benfica e de todos os benfiquistas. Era ela esperada, não era esperada? Ninguém pode argumentar com tais conjecturas, felizmente irrelevantes para um evento por que todos teremos de passar. 
Estou aqui apenas para dizer que, um pouco mais velho que ele, fui daqueles seres que tive o privilégio de viver o seu tempo em simultaneidade: fui daqueles que me lembro muito bem das peripécias ocorridas na sua rocambolesca transferência para o nosso Clube, que presenciei, muitas vezes in loco, nos muitos campos de futebol deste País a maravilha das suas actuações, que vi através das transmissões de imagem em muitas arenas do Mundo, todas as retumbantes façanhas, toda a magia pura e genuína realizada por essa figura simples e grandiosa. Fui seu contemporâneo, desde o primeiro jogo em Paris contra o Santos até ás fenomenais sagas da Taça dos Campeões, do Mundial de 66, de tantos torneios e taças realizados por esse mundo fora, de todas as épocas do futebol cá dentro de portas. Em toda esse teatro de operações Eusébio foi, na verdade, uma estrela que brilhou intensamente na imensidão desse Cosmos, que encantou com o sortilégio das suas actuações. 
Falavam nele como lenda e mito (e já era), porém, o mito e a lenda só a partir de agora é que começam a perdurar eternamente. 
Por todas essas proezas, por todo esse encantamento é que se poderão citar com toda a justeza as também lendárias estrofes do nosso grande poeta, pois Eusébio é um daqueles heróis imorredoiros "... que pelas suas obras valorosas  se foi da lei da morte libertando”. 

Paz e Glória á sua lembrança!