quarta-feira, 22 de junho de 2011

FIM DE SEMANA


Este fim de semana fui convidado por um condiscípulo e amigo meu, benfiquista, a passar uns dias em Carrazeda de Ansiães, onde fui recebido e tratado com toda a deferência. Foram-me apresentados vários outros amigos benfiquistas, alguns deles com cartão de sócio e com todos pude conviver na Casa do Benfica dessa localidade, tendo passado nela boas horas de convivência, alegria e fervor clubista. Entre as demais, pude conhecer duas pessoas que quero destacar pelo seu entusiasmo e simpatia: um diplomata que exerceu no Canadá e o pai do “célebre", embora por más razões, ex-candidato á presidência do nosso Clube, Bruno Carvalho. Muito embora, ao mencionar isto, não pretenda branquear quaisquer passadas acções ou condenáveis comportamentos deste indivíduo, ou que tenha havido sequer qualquer mudança na minha apreciação que dele sempre fiz quero asseverar, no entanto, que o pai dele é, de facto e como pude constatar pessoalmente, um parceiro maravilhoso e um indefectível e apaixonado benfiquista. Convidou-nos até, em sua casa, para uma suculenta feijoada e outros petiscos, onde pudemos desfrutar de uma sã camaradagem e duma aberta franqueza, como é próprio das gentes transmontanas. Toda essa vivência veio confirmar ainda mais o sentimento que já tinha da grandeza do Benfica, na verdade uma Instituição do mundo Universo.
Um dia destes, pude ler num qualquer pasquim que por aí circula, sobre o Clube dos malfeitores corruptos e a propósito do seu treinador, um título que começava desta forma: - “A nação portista …”, ah, como eu me ri. Mas qual nação? Como pode alguém proferir tal bacorada, quando essa gente quase não extravasa um bairro e apenas enche o seu estádio á tangente?
Li também que o Vilas Boas estaria a ser pretendido pelo patrão do Chelsea por ser a nata, o supra-sumo, o génio dos treinadores mundiais. Mas que notícia esta, tão imbecil e bacoca! Então não se vê logo que se trata de uma notícia encomendada para se fazer dessa “avis rara” um outro Mourinho? Ou então, é lançada para o ar pelos arganazes do costume com o premeditado intuito de serem atingidas obscuras finalidades congeminadas pelo bandoleiro mor. É esta a minha convicção, o que aviva ainda mais o meu asco pelas ratazanas de esgoto dos escrevinhadores pasquineiros. Claro que o Patrão do Clube inglês se está “cagando” para o tal Vilas Boas que, quiçá, nem sequer conhece. Que boçais são estes padrinhos e capangas do clube batoteiro! E esse pancrácio do Vilas Boas, tal como na historiazinha infantil do “frei João sem cuidados”, também pensa que foi ele quem ganhou o campeonato nos Corruptos. Pobre diabo, não enxerga que foram outros ladrões que o roubaram e lhe fizeram crer ter sido mérito seu. Porém, se tal acontecer e ele for mesmo para onde dizem que vai,  deixá-lo ir que, inevitavelmente, lhe irá acontecer como ao Jesualdo; não chegará sequer ao fim do contrato e regressará a todo o gás á sua real insignificância, com um pontapé no traseiro! Senão, esperem pela volta!
Também não gostei nada nem o posso aceitar que um indivíduo como esse tal Carraça, que tão acintoso foi para o Benfica, tivesse sido recebido novamente no nosso Clube. De facto, não percebo a razão de tal procedimento.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A LEI DA VIDA

Tenho procurado, neste defeso, afastar-me de toda esta chicanice de notícias duvidosas, de ideias desencontradas, de opiniões as mais diversas, para me poder manter em paz e lograr um certo sossego nos sobressaltos que o dia a dia nos proporciona. Contudo, de vez em quando, vou lendo a blogosfera benfiquista que a dos outros pouco ou nada me interessa. E passando hoje uma vista de olhos pelos textos nela exarados, verifiquei que vai por lá um chinfrim desenfreado, um rasgar de vestes e um coro de recriminações por causa da saída do Nuno Gomes, que é de bradar aos céus e me deixam caladamente deprimido. Perdoai a minha discordância com a maioria, mas não vejo onde esteja o drama. O Nuno Gomes vai-se embora? É a lei da vida e nestas circunstâncias há que saber entendê-la e falo por experiência própria. Trabalhei numa empresa durante quase quarenta anos e, certo dia, porque consideraram que já estava velho, embora me sentisse ainda muito apto e voluntarioso, também entenderam dispensar-me. Não resultou daí qualquer mal, nem para a dita empresa nem para mim próprio; e o mundo avançou e a vida também seguiu o seu curso normal. Assisti á saída do Grande Eusébio do Benfica e não dei por que tivesse surgido qualquer tragédia.
Por isso, o facto do Nuno Gomes ir embora, não é o que me deixa preocupado; o que me sobressalta e aflige é este ar de histeria que perpassa pelo universo benfiquista, que mói o Clube e serve de exemplo degradante para os nossos inimigos, que tantos são e nos achincalham de forma injuriante. Ou alguém pensará que se um caso destes ocorresse na Organização  Corrupta, os  seus simpatizantes e sequazes se preocupariam com semelhante episódio? Concordo até que,  alicerçadas num sentimento de gratidão, dum comportamento exemplar do visado, ou mesmo de uma pura emoção, certas atitudes possam parecer uma ingratidão, um comportamento censurável, um acto frio e pragmático; e, na verdade, a mim, este episódio também me fere bastante, porém, daí até o considerar um apocalipse, um cataclismo, acho um exagero. Entendo que, como diz a gente, se está a fazer uma tempestade num copo de água. Fossem só deste género todos os problemas do Benfica.
Diz-se que cada Povo, cada Nação, cada Instituição e cada um de nós tem o que merece: assim, com muita mágoa o digo, pelo que ouço e leio, nós, os Benfiquistas, por via das nossas atitudes, da nossa desesperança, da nossa ansiedade, das nossas discrepâncias, temos o que merecemos e, está  bom de ver, nem podemos ter outra coisa. Não reparamos que, com tais procedimentos, estamos a contribuir para o apoucamento e destruição da Causa em que acreditamos e procuramos defender. Devemos lutar noutras frentes e não dentro da nossa própria Casa, pois entendo que os nossos inimigos estão lá fora, bem aguerridos e ferozes, o que me faz antever um tempo que aí vem, de augúrio muito calamitoso. 
Isso, sim, é que me inquieta e me dói!

terça-feira, 7 de junho de 2011

UM OLHAR SOBRE O DEFESO

Este defeso bochornoso e que parece nunca mais acabar convida-nos á apatia e gera poucos assuntos dos quais se possa falar, a não ser dos navios cargueiros cheios de jogadores que, como gado, todos os dias rumam ao Benfica. Notícias inventadas, propositadamente ou não,  lançadas por crápulas sem escrúpulos, muito piores que alcoviteiros e amásios. 
Para ajudar, são aqueles blogues ditos benfiquistas que com os seus ataques sanhosos, algumas vezes com razão, a maioria das vezes sem ela, tudo põem em causa construindo cenários de vergonha  e dramatismo; são alguns jogadores, como ainda agora o Fábio Coentrão, que em entrevistas, sinceras ou forçadas, debitam incoerências e contradições; são notícias verdadeiramente tresloucadas como aquela da entrada  do “Malvado” no Benfica, como se já a sua ida á BTV não tivesse sido, pelo menos para mim, o prenúncio de augúrios bem funestos; foi a mudança das cores políticas deste País, cujo significado alguns inveterados optimistas parecem querer tomar como um sinal de esperança de que as coisas venham a  mudar. Não haja, contudo, ilusões ou miragens: nenhuma dessas forças políticas com influência para alterar seja o que for é vermelha retinta, como diz a canção do cavalo de Pancho Villa e, em atinência ao vermelho, uma é rosa desbotada outra laranja a fugir. Das forças que vestem esse vermelho retinto, infelizmente, nenhuma delas tem voto na matéria. 
Correu por aí que o papa dos peidos iria ser novamente recebido pelo Papa verdadeiro mas que, pelos vistos, não foi; valha-nos, ao menos, isso! E, a talho de foice: se assim tivesse acontecido, tal intento seria, na verdade, uma monstruosa ignomínia, pois quem sairia conspurcado do meio disto tudo não seria, certamente, o personagem que, por si só, já é um verdadeiro excremento, para mais fazendo-se acompanhar de uma concubina diferente, muito fácil de apresentar como neta sua. O que ficaria sujo era, sem dúvida, o verídico Pontífice que assim se manteve digno e se não deixou borrar. Já imaginaram a propaganda de branqueamento para o Grémio Corrupto que poderia resultar de tal ocorrência? Ainda bem, porque sendo eu um católico, mais ou menos convicto, poderia pensar, por via disso, em apostatar seriamente.
Depois, há coisas que eu não entendo. Após trinta anos de corrupção, assumida e provada, depois de todas as falcatruas e malefícios que fizeram a quase todos os clubes do futebol português, depois de tudo terem ganho com a mais diversa e asquerosa das batotas, depois de se terem esgueirado pelas malhas da rede da justiça - demasiado largas, como se pôde ver - parece estar tudo no melhor dos mundos, percebendo-se mesmo, da parte de muitos opinantes servis, a necessidade de tecer rasgados elogios e mesmo justeza de exemplos e condecorações por  semelhantes procedimentos á sinistra Organização do Norte, como assim o exarou em letra de artigo um tal dito Manha. E, de facto, não o entendo; pois tomando o Benfica por uma Instituição séria e cumpridora da ética e de, com base nela, ter lutado para desmascarar e corrigir os desmandos dos que atropelam os reais valores da honestidade, venha ela própria e numa subversão total, a ser investigada pelas autoridades como a suspeita e a prevaricadora podendo, no fim, receber uma punição de critério dualista.
O melhor, entendo eu, será esperar que tudo vá passando e deixar assentar a poeira levantada pela agitação dos inimigos do nosso Clube e amigalhaços dos Corruptos.