domingo, 27 de novembro de 2011

OS INCENDIÁRIOS


Os terroristas deitam mão de todos os meios para infundir o terror sendo o fogo um dos principais. Pobre clube que com os seus dirigentes á cabeça da manada, de certa importância e dignidade que outrora sustentou, se transformou no presente num bando de terroristas incendiários e numa chusma de gente frustrada e sem lei. Coitados deles que, antevendo não puderem ganhar lealmente dentro das quatro linhas, enveredaram pelo caminho da chicanice e da truculência, tentando imitar e seguir os métodos dos seus patrões e mentores da Organização criminosa do Freixo. Só que, mesmo para se ser criminoso e vigarista é necessário ter-se aptidão e jeito, predicados que a escumalha verde, nem de perto nem de longe, demonstra ainda.
Os terroristas verdes extravasaram as suas frustrações incendiando as cadeiras do nosso estádio e, como neste País miserável a justiça não funciona, de lá saíram, cantando e rindo, com tão "vangloriosa façanha." Não tenho dúvidas de que, nessa noite, dormiram com a beatitude dos anjos! 
Como o Benfica gera em todos os fariseus deste miserável País, "gente fina", condes e viscondes sem vintém, intelectualóides manhosos, políticos duvidosos, até membros do clero, forças da (des)ordem e todo o séquito obtuso da turbamulta desmiolada e ululante (ena, tanta gente!) um ódio virulento, irracional e vesgo, nada acontecerá porque, bem no âmago das suas retorcidas mentes, toda essa ralé exulta com as sevícias e prejuízos que se possam infligir ao nosso Clube. Para toda essa multidão de "zombies" somos um pesadelo, uma maldição, uma emanação do Mal. Se fosse ao contrário, não me restam dúvidas de que se moveria todo este mundo e o outro para nos verberar e aniquilar. Fico com a curiosidade em saber o que vai acontecer aos sardões verdes pelas "belas e edificantes" acções que cometeram. Não me admiro nada de que possam até  receber um louvor e o Benfica ser eleito o culpado de todos os distúrbios.
Gostei, no entanto, da resposta merecida e justa que lhes foi dada dentro das quatro linhas, apesar de ter sido difícil, pois se apresentou inquinada pelo vício de premeditada extorsão. 
Definitivamente, deixei de ter pelo lagartêdo algum laivo de respeito que ainda me movia a decência porque, a partir de hoje, passarei a considerá-los como aquilo que na realidade são: um clube prostituído, sem honra nem dignidade que, para emular o dono, se transformou em terrorista e incendiário. Enlouqueceram!
Diz-se no catecismo que se não deve invocar o santo nome de Deus em vão, nem mesmo Deus deve ser para aqui chamado, por isso não o vou fazer: mas esconjuro outros Poderes sem tanta carga de sagrado, como seja o comum Destino. E, desta forma, vou compor a máxima latina que se costuma citar em casos semelhantes, substituindo o nome da Divindade: "… Fatum dementat quos perdere vult!" O destino enlouquece aqueles que quer destruir. Não ficará o meu desejo completo se não disser; amén!
Doravante, ficarei sempre a aguardar toda a desgraça que possa afligir a lagartada, regozijando-me até com uma sua eventual destruição, porque tal sentimento se tornou legítimo pelo comportamento irracional e odiento que tentam espalhar, consciente e deliberadamente, pelo mundo do desporto.
Depois do que clamaram contra a famigerada "jaula" por eles inventada, acabaram por a justificar plenamente; por isso perguntarei; onde deveria estar uma jolda destas? Numa jaula, pois claro! 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O ATENTADO

Há bocado, enquanto ouvia o telejornal da RTP, fiquei esgazeado de espanto quando, a dado momento, ouvi o respectivo locutor dar a notícia de que na Ucrânia estava eminente um atentado terrorista contra a equipa da Organização do Freixo. Mas esta gente da Televisão Portuguesa quer tratar as pessoas como um bando de imbecis e mentecaptos?
Um atentado terrorista contra os suínos de Contumil? Como é possível? Ele haverá alguém com a cabeça no lugar que possa conceber, ou mesmo acreditar, que quem quer que seja, muito menos um grupo terrorista, se disponha a gastar com tão insignificantes trauliteiros, não uma bala sequer, mas mesmo uma simples bombinha de carnaval? Que personagens tão importantes, que paladinos da fraternidade, que arautos da concórdia, que cavaleiros da paz são estes andrades que podem instigar forças maléficas a preparar-lhes um atentado?
Que os tratantes de Contumil possam ser merecedores de uma valente coçadura e de que lhes cheguem a roupa ao pêlo, sobretudo ao seu abjecto caudilho, como reacção ao malefício das suas vigarices, disso ninguém tem dúvidas: agora, daí a preparar-lhes um atentado, convenhamos que é um manifesto exagero.
Uma notícia deste calibre só poderia ser admitida no carnaval ou num dia primeiro de Abril dado o conteúdo jocoso e estapafúrdio que dela se infere, porém, as sevandijas e aduladores da "dita" Comunicação Social não dão ponto sem nó e pretenderão, certamente, atingir uma qualquer retorcida finalidade. Deito-me a adivinhar: será, porventura, a de preparar mais tarde a justificação de um possível desaire da Quadrilha corrupta? 
A que nível tão rastejante e inverosímil descem estes Organismos públicos que, por princípio, deveriam pautar as suas actuações pelo equilíbrio e bom senso! De que métodos sujos e repugnantes esta caterva deita mão, sem cuidar sequer da sua honradez e decência! A que desfaçatez tudo isto chegou!

domingo, 20 de novembro de 2011

A CRISE



Estava eu entretido e alheado de toda a ideia da bola quando, a dado momento, recebi no meu telemóvel a mensagem de um amigo a indicar-me que a porcalhada estava a perder por 3-0 com a Académica. Respondi-lhe que nunca fiando pois, mesmo quando as coisas parecem correr mal, essa gente dá sempre a volta por cima; já não, retorquiu, que faltam apenas dois minutos para o jogo acabar. Perante isso fiquei descansado porque a derrota desses bastardos era mais que certa; como foi. Cheio de satisfação fui logo ver o que se estava a dizer nas televisões e numa delas lá estava um certo Rita a chorar baba e ranho por tal cenário ter acontecido: "… que não era normal um clube daqueles perder assim, que era apenas um percalço, que o seu "Papa" infalível saberia em breve reverter a situação, etecetara e tal." Eu próprio fui forçado a analisar o que, na verdade, se estaria a passar com tão indesejada corja, reparando que anda por aí muita gente a proclamar uma grande crise nesse odioso reino, o que acho ser uma funesta ilusão. 
Crise, qual crise? Crise real é a que os ladrões e salteadores da política deste País estão a impor ao desgraçado povo que trabalha e sua. Crise são as nuvens encasteladas que já cobrem de negrume e incerteza o céu da nossa esforçada caminhada, augurando sangue e fome. Mas crise na estrutura do Grémio que chafurda, há que anos, na pocilga da corrupção e exala o fedor da sargeta da vigarice e da trapaça, não o creio. Aí, certamente, não pode haver nem é consentida qualquer crise. Mesmo que não tenham dinheiro procedem como se o tivessem, mesmo perdendo um ou outro jogo, nem sequer  tremem ou acusam mossa e, logo de seguida, surgem mais vigorosos que nunca.
Podem despedir o "pobre" pateta do que dizem seu treinador, - o mais certo e sabido - que noutra equipa seria um acto desastroso, mas nessa quadrilha quase sempre se torna num gesto profícuo e normal. 
Por isso eu não acredito em crise na terra dessa canalha, não embarco em conjecturas improváveis nem me deixo tomar por regozijos infundados. Eles não dão ponto sem nó; podem parecer desnorteados, podem fazer entender que estão de rastos, podem mostrar alguma debilidade que, sem se conseguir explicar bem porquê, dum momento para o outro retomam o trilho do retorcido caminho que percorrem há mais de três décadas. 
É claro e não o nego que só de os ver morder o pó da derrota, embora de forma esporádica, me encho de satisfação; não por vilania minha mas sim porque esses biltres são fautores da mais vil e descarada iniquidade. Por isso, não tenho ilusões nem acredito que os seguidores do diabo possam experimentar qualquer crise. Senão esperem e depois me dirão! 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

AVES DE MAU AGOIRO



Acabando de passar hoje pela gloriosaesfera, como sempre faço, meu Deus do céu: tanto treinador de bancada que por ela esvoaça, alguns que como negros urubus fazem mais mal ao Benfica do que os normais abutres externos, sôfregos de carniça putrefacta. Que querem estes "benfiquistas" de meia tigela, esta inqualificável gente? 
Sejamos honestos de consciência e de mente; o Benfica jogou mal? Claro que sim, mas como seria possível a alguma equipa normal, por muito boa que fosse jogar bem - ou apenas jogar - num ambiente como o verificado ontem na Pedreira de Braga, com apitadores dos mais torcionários e tendenciosos, com premeditação nitidamente hostil, por isso desaconselhados para a função que deviam exercer, que tudo permitiram ao nosso adversário, direi inimigo, preparado para agressões violentas e desmedida animosidade que nada tem a ver com a nobreza dum genuíno confronto desportivo? 
O que se passou ontem no estádio AXA nada teve a ver com futebol, com competição leal, com respeito pelo outro oponente, muito menos com a virtude que o verdadeiro desporto deve consubstanciar. Foi um jogo sujo, cheio de truques saloios, de baixeza de carácter, de situações indignas que pretendiam intimidar um honrado adversário, foi a execução de um indecoroso cenário de terror nada condizente com o espírito de um acto desportivo. Como poderia o Benfica alhear-se de tudo isso e manter o estoicismo em tal situação como se não  fosse Ele o visado? Por que razão o nosso Clube não consegue sequer perder em paz, com lisura e naturalidade? Porque quando o Benfica joga, não só nas derrotas como também nas vitórias, ocorre sempre um sem número de peripécias bizarras, de acções estranhas, de acasos confusos, de suspeições ignóbeis. Que pretendem pois tão zelosos e exasperados "benfiquistas" que só apontam deficiências internas sem cuidar de ver e desviando os olhos das causas que são alheias ao Clube, geradas impudicamente  para o destroçar, e o atacam pondo tudo em causa? Que vão por aí, mas não vão bem. 
O perder e o ganhar fazem parte de toda a competição que se for limpa confere quase a mesma valorização a esses dois parâmetros porque eles são a face e o reverso da mesma medalha de glória; basta que haja limpeza e honra o que, no caso de ontem, de maneira alguma sucedeu. O grande Benfica doutros tempos, mesmo em algumas contundentes derrotas que averbou ao longo da sua mirífica História, nunca delas saiu humilhado ou diminuído porque as mesmas resultaram de confrontos havidos com adversários pundonorosos e valentes.
Quando o Benfica dos verdadeiros benfiquistas perder bem e sem reparos não haverá lugar para censuras, nem desgostos, nem recriminações, nem ranger de dentes, pois será sinal de que perdendo bem uma vez, também ganhará bem noutras vezes e, aí sim, poderemos então criticar as nossas próprias culpas nas derrotas e, por sua vez, vibrar com o fulgor de genuína alegria nas apetecidas vitórias.

domingo, 6 de novembro de 2011

TUDO PERFEITAMENTE NORMAL

Moro aqui pertinho de Braga onde, noutros tempos em que havia vergonha, era jogo a que não faltava. Mas não fui lá nem já vou há muito: prefiro saber o resultado no fim e pronto. E não vou lá há muito nem agora porque seria como se fosse ver sempre o mesmo filme; com o mesmo guião, os mesmos efeitos especiais, apenas com diferentes actores;  e só esse motivo não me entusiasma. Também porque era por demais evidente, após o empate dos andrades do Freixo em Olhão - o penalti da praxe não podia faltar - tinha a convicção quase certa de que as forças mafiosas nunca iriam permitir que o Benfica os ultrapasse na frente da tabela classificativa.
E, a propósito, atrevo-me a exarar uma afirmação que, suponho, será fácil de ser constatada por quem quiser; que o campeão, como é normal, já se sabe quem vai ser, estando o segundo lugar também já destinado para os sardões verdes. Não aposto nada porque tal é irrelevante, mas há uma forte probabilidade de que não andarei muito longe da certeza. Atente-se bem nos factos; os trapaceiros de Contumil que parecem andar pelas ruas da amargura, mesmo assim ainda não perderam e muito embora nesta altura não tenham conseguido a grande vantagem de anos anteriores lá vão, contudo e como sempre, no topo da pontuação: com a maior das normalidades. É bem claro que se o plantel que eles têm fosse o nosso, o Benfica andaria certamente pelo meio da tabela. Mas com essa escumalha todos sabemos que é sempre diferente. 
Se, como dizem e julgo ser um facto, nós temos um grupo de jogadores de alta categoria, pagos a peso de ouro, eu pergunto: de que serve esse proveito?
Li por aí que ao ladrão do apitadeiro desta noite, a quem alguém já tinha partido alguns dentes, lhe deveriam partir os restantes caso se portasse mal neste jogo, como portou. Eu não direi o mesmo mas advogarei, isso sim, que o partam a ele todo e o deixem de molho no corredor duma urgência hospitalar. Verdade, sem hipocrisia.
Portanto nada de novo, porque tudo segue numa torpe e repugnante normalidade e nem sequer  vale a pena estar desiludido.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

IN MEMORIAM

Faz hoje nove anos que morreu o meu irmão mais novo. 
Foi um homem simples, trabalhador, um homem pobre, dedicado, são de consciência, cumpridor da lei, respeitador do seu semelhante, seguidor dos perenes valores com que foi educado. Resumindo, só posso afirmar que era um homem bom!
Tinha uma indefectível, profunda e mesmo irracional paixão pelo Benfica a qual, de certa forma, lhe causou a morte pois sucumbiu, ainda novo, após um jogo que tinha acabado de ver na televisão.
Desde pequeninos que, para além do sangue, fomos sempre amigos, sem uma névoa sequer que toldasse tal amizade, sem uma quezília, sem qualquer embirração ao longo de todos esses anos em que viveu. Passamos muita da nossa vida nesse, outrora, recanto do paraíso, a aldeia de Côrtes, banhada pelo Minho sem par. Deixou em mim uma cavada saudade que, amiúde, me alerta para o pensamento da minha também inevitável partida.
Escrevi, nessa altura, um soneto a evocar a sua memória e intentei colocá-lo em cima da sua campa, gravado perenemente em granítica pedra tumular. Para tal contactei várias casas da especialidade, porém, em todas elas me foi dito que, conforme o meu desejo, a lápide iria ter, forçosamente, dimensões pouco estéticas.
Por isso e em contrapartida, aqui estou a inseri-lo agora neste espaço onde, suponho e espero, poderá ser lido por muita mais gente; família, amigos e conhecidos.
Ei-lo então:


Não por irmão, mas mais por seres amigo
Que tinhas na alma aquela chama imensa 
De vã paixão e fé, de insana crença, 
É que eu gostava de falar contigo.

Mas eis que a Morte, pérfida e ruim, 
Brandindo a vil gadanha, despiedada,
Ceifou os passos da tua caminhada 
Que estava ainda longe do seu fim.

Não quero recordar-te aí caído
Mas como foste em vida, sempre erguido:
Enquanto viva, em mim ‘starás presente!

Embora rasos d’água os olhos meus
Por ti não choro nem te digo adeus
Pois não partiste, só foste á minha frente!

                                    Teu irmão TONE

                                              Arcos, 2002


Morreu, acabou! Dizem as gentes, mas eu recuso tal conceito:
Não acabou nada! Quem morre nunca acaba; viverá sempre no coração de todos aqueles que o amaram.