sexta-feira, 29 de abril de 2011

CLARO COMO A ÁGUA

Acabaram os jogos da primeira mão das meias finais da Liga Europa e, em face dos resultados que se verificaram, fiquei deveras espantado e boquiaberto com o do Covil do Freixo, pois o do estádio da Luz foi um desfecho absolutamente normal. E, das duas, uma: ou esse Grupo que se diz uma equipa de futebol - que, na verdade, não o é - se transformou num fenómeno a nível planetário ou por  lá passa-se qualquer coisa de anormal e misterioso que escapa ao mais elementar raciocínio. Vamos lá a ver; o Villarreal não é, propriamente, uma equipa de qualquer liga secundária para perder por um resultado tão escandaloso como sucedeu há bocado. Nem o Sevilha, nem as equipas russas, nem outras com estruturas semelhantes. 
Acontece que eu já cá ando há bastantes anos e vejo que as minhas convicções neste sentido se tornam tão claras e cristalinas que se metem pelos olhos dentro. Não venham os “iluminados” do costume contestar  que é um  delírio meu ou que me sinto tomado de alguma doentia obsessão, porque isso será tratar-me como um atrasado mental. Perante o resultado do Clube Corrupto de hoje, tudo se tornou claro como a água e só quem estiver de má fé é que não o aceita. E nisto se resume tudo.
Pois é isso mesmo, estou a falar do doping, o grande e seguro trunfo desses miseráveis que os torna imbatíveis e confiantes. Reparem bem: nos 5-0 com o Benfica, o herói da banda desenhada parecia um touro de olhos esbugalhados a levar tudo na sua frente, espalhando terror em quem tinha de o enfrentar e até mesmo num treinador dito experiente como o nosso. Na segunda mão da Taça de Portugal, no nosso Estádio, jogaram a primeira parte aparentemente de forma normal e, a meio da segunda, de repente e sem nada o fazer prever, explodiram em força e desataram a marcar os golos de que necessitavam. E quem haveria de ser? O herói da Marvel, pois claro, e que para este jogo com os espanhóis já não poderia repetir a dose. Outro teria de o substituir e então qual? Outra vez claro como a água límpida: o Falcão. A perderem no início da segunda parte, abruptamente e num instante, como um raio, aí desatou ele a marcar golos atrás de golos. E o dito herói? Nada, nem um.
Voltarão á carga os ditos “iluminados”: prove lá isso. Discuto: além de tais coisas se não poderem provar, não invalida que elas sejam claras como o cristal, tornando-se num perfeito axioma. Ninguém consegue provar que está a chover nem tal se torna necessário por ser um efeito que se vê. 
Esse Grupo inqualificável de Contumil está a tornar o futebol num gigantesco logro, num embuste sujo, numa descarada mentira. Não haja sorrisos porque é uma indesmentível realidade. Minutos antes dos jogos começarem, tinha asseverado a um amigo meu muito crédulo nos espanhóis que estes iriam ser goleados e, como previra, aí estão os corruptos na final do torneio como, aliás, estava bom de ver. 
E eu só pergunto: onde estão os tão zelosos aplicadores da lei a outros clubes, que fecham os olhos e nada querem ver quando se trata desta infame quadrilha? Isso mesmo, uma fiscalização anti-doping a essa gente, nem pensar. 
O Benfica ainda terá de disputar a segunda mão da eliminatória em Braga e ela poderá pender para qualquer um dos lados. No entanto, e como o venho expressando há muito, não sei o que será preferível: se ir o Braga e ser cilindrado ou se irmos nós e sermos novamente humilhados. Porque a verdade é esta; pelos motivos apontados, ninguém conseguirá travar essa matilha, com a particularidade de o respectivo “caldo” poder ser preparado sem limitações, visto tratar-se do último jogo da época. 
Adianta alguma coisa tudo isto? Que merecimento e que reputação pode surgir disto tudo quando se entra em torneios, cujos resultados e vencedores se encontram, de antemão, mais que sabidos? 
Foge, Benfica, enquanto podes! Não colabores nessas iniquidades e conserva a tua dignidade!


quarta-feira, 27 de abril de 2011

ENDAVANT VILLARREAL

Fui agora mesmo aos contactos do site do Villareal e enviei a seguinte mensagem, em português, como convém, muito embora eu domine perfeitamente o castelhano: “… Meus amigos do Villareal, tende muito cuidado com o jogo de amanhã para a Liga Europa com os Porcos do Porto, pois eles só vos conseguirão eliminar com base na corrupção e doping. Não vos deixeis amedrontar e dai-lhes a resposta que merecem. Cumprimentos.
Ontem na BTV e no programa “Em Linha” da noite, o convidado masculino  presente, de que não recordo o nome, resumiu na perfeição aquilo que se está a passar: noutro País que não o nosso, os Bandoleiros do Freixo já há muito que andariam pela segunda divisão e no que diz respeito á nossa pobreza de títulos nos últimos 30 anos, apelou mesmo a que não insultassem a nossa inteligência quando se vem afirmando que aquela Agremiação Corrupta foi sempre a melhor durante todo esse tempo porque, em face dos avultados investimentos realizados e numa competição séria, o Benfica nunca teria ganho apenas dois míseros campeonatos. 
É também o que eu venho pensando há muito e acrescentarei mais: só o facto de algum clube, entre dezoito concorrentes, ganhar por sistema e de maneira seguida, vá lá, mais de três campeonatos isso, por si só, já consigna de forma segura uma indiscutível corrupção. O Benfica terá o direito de algum dia jogar  em igualdade de circunstâncias com quase todos os adversários que o enfrentam nas provas deste País? Sei que, desgraçadamente, pouco se poderá fazer para que tal aconteça mas, ao menos, temos a obrigação de o denunciar. Tempos virão, creio eu, em que tudo voltará ao normal e haverá paz.
Desejo ardentemente que o Clube espanhol derrote essa canzoada de Contumil, apesar dos golpes baixos que eles possam utilizar, tais como o do herói da banda desenhada a correr o tempo todo como um toiro na arena; e não me venham com patriotismos bacocos porque, através dos seus desmandos, é esse Bando Corrupto, ele próprio, que suja e renega o País onde lhe permitem actuar. Preferirei ver na final da Liga Europa o Benfica e o Villareal porque tenho a certeza de que, pelo menos, estarão em confronto dois Clubes dignos e honrados  e, então sim, poder-se-á desejar com propriedade que ganhe o melhor, encarando de antemão a vitória ou a derrota com saudável e natural desportivismo.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

A MALDIÇÃO DE BELLA GUTMAN

Ao contrário das demais pessoas eu sou daqueles que acredito em bruxas e já tive a sensação de me ter cruzado com algumas delas pelo que, com muita mais razão, posso afirmar que “las hay” mesmo. Acredito, outrossim, no sobrenatural e em todas as suas manifestações, anátemas e bênçãos de fadas madrinhas. Desta forma, dou como verdadeira a célebre maldição do antigo treinador do Benfica, de seu nome Bella Gutman, após a conquista da segunda taça dos Campeões Europeus. Quer acreditemos quer  não, a verdade é que, até aos dias de hoje, ela se tem cumprido de forma absoluta e parece teimar em não se desfazer. Senão verifiquemos: na terceira final consecutiva, em Londres e contra o Milão, em que o favoritismo era nosso, logo se lesionou o Coluna e perdemos. Contra o Manchester em Wembley, a poucos segundos do fim,  o  Eusébio sozinho em frente do guarda-redes, falhou incompreensivelmente o golo da vitória. Tempos depois, jogamos uma final na casa do adversário, o Inter de Milão, debaixo de um verdadeiro temporal, em que o Costa Pereira foi substituído por lesão e perdemos a Taça, uma vez mais. Anos depois, contra o PSV, Diamantino, jogador fundamental na altura, assistiu ao desafio com uma perna engessada, sentado numa cadeira de rodas e fomos derrotados. Neste momento em que se aproxima a possibilidade de comparência em mais uma final europeia, confrontamo-nos com a ausência de dois atletas imprescindíveis na equipa, o que enfraquece manifestamente a sua força atacante. Agora digam-me se não é motivo para acreditar em profecias maléficas.
Andam por aí os Malfeitores do Freixo e a sua matilha amestrada, numa frenética polvorosa de que vão ultrapassar o Benfica em número de troféus conquistados: deixá-los ganir de tão alarve expectação. Podem, na verdade, coleccionar mais taças, mas nunca será a mesma coisa quando comparadas com as do nosso Clube. A diferença será sempre abissal. Os nossos triunfos serão todavia cristalinos e limpos, ganhos com suor e com honra, com dignidade e glória. Na sala deles, todos os troféus deverão ter as mais diversas etiquetas: - “ … este exala o perfume de puta do calor da noite, aquele roubado com violência e trafulhice, aqueloutro comprado através de corrupção num supermercado dos amigalhaços traficantes de influências, este ainda conseguido através de batota e da mentira”. De facto, nada terão a ver nunca com a transparência que os nossos irradiam, enquanto os deles terão sempre gravada a marca do descrédito e da suspeição. Deixai-os ganir!
Ouço e leio em muitos lados, até desgraçadamente em muitos blogues benfiquistas, que a Associação de Contumil é melhor e joga muito mais que o Benfica. Não vou por aí porque se trata de uma autêntica falsidade. Ah, eles jogam mais? Pudera! E como não hão-de jogar? Se lhes fizessem metade do que têm feito ao nosso Clube, poucos jogos ganhariam, ou se o Benfica praticasse as tratantadas que eles usam, até com os roupeiros ganhava e jogaria mais. Dizem muitos de nós que deixemos as desculpas da arbitragem e que joguemos mais. Boa treta! Furem os pneus dum carro que vai correr com outro e digam ao dono: - “… deixa lá os furos e trata mas é de correr.”
Aproxima-se a eliminatória da Liga Europa com o Braga. Em circunstâncias normais não temeria a insignificância de nenhum Braga temo, isso sim, os inexplicáveis colapsos do Benfica nos momentos precisos e este é um deles. Ver atravessado outra vez no  nosso caminho esse odioso grupo dos Malfeitores do Freixo - eles estão em todas, como as pragas maléficas - ser-me-á insuportável e, por isso, preferível evitá-los a todo o custo, pois num jogo só, a derrota será inevitável e, neste momento, mais uma derrota com esses ladrões, trará consequências devastadoras e reavivará pungentes humilhações. O que vou dizer será uma blasfémia, bem o sei, mas é o que, sinceramente, prefiro: para que esse quadro funesto não venha a acontecer, suportarei com muito maior estoicismo uma eliminação pelo Braga do que o próprio confronto com tão desprezível corja, pois, parafraseando a fábula: - “… sofrer-lhes uma injúria, será mais que a morte!”


quinta-feira, 21 de abril de 2011

VÆ VICTIS!

Ai dos Vencidos!
O que se passou hoje em pleno Estádio da Luz foi a gota de água que fez transbordar no meu ânimo tolerante e esperançado, já cansado pelo desalento, o copo da minha descrença, o que me leva a proferir as palavras seguintes com um acento necessariamente violento. Foi um acontecimento impensável, surreal, devastador, só possível nas imaginações mais delirantes: foi uma hecatombe e uma das mais dolorosas humilhações a que, em tempo algum, me foi dado assistir. 
Que dirigentes, gerais e desportivos, são estes que vêm demonstrando uma falta de competência tão acentuada? Que gente é esta que não tem sabido defender a Instituição Benfica das arremetidas dos seus inimigos? Que pessoas são estas que se deixam vilipendiar sem qualquer reacção? Que seres são estes que nunca mostraram firme determinação nem tiveram a coragem de fazer meia volta e regressar a casa numa única sequer das inúmeras circunstâncias bélicas e ocasiões violentas com que foram agredidos em lugares por demais conhecidos? O que eu diria a estes dirigentes era que, se tiverem decência, parem para reflectir profundamente ou então que deixem o lugar a outros. Mesmo que fosse a um ser amado, a um parente querido, a um filho, embora de  coração destroçado, havia de lhe dizer o mesmo: - "meu amigo, arrepia caminho que, dessa forma, estarás perdido". 
Que raio de equipa é esta que, em sua própria casa, se deixa humilhar tão contundentemente em quatro de cinco ocasiões em que teve de enfrentar um Grupo de canalhas, perfeitamente ao nosso alcance? Que rancho folclórico é este que não é capaz de, no seu próprio recinto, aguentar dois golos de vantagem? Que banda de música é essa que mostra cobardia e capitulação, sem combater sequer? Eu sei: são meninos mimados pagos a peso de ouro e tanto se lhes dá. Se fosse numa Estrutura bem gerida, nesta hora, já teriam guia de marcha para onde o diabo os carregasse. Perder é normal e muitas vezes honroso pois não é a derrota em si mesma e sim o modo como ela acontece e contra quem acontece! Foi confrangedora e penosa a forma como nos deixamos cair, e logo contra o grupo de uma das mais odiosas Organizações que alguma vez existiu á face da Terra, sem escrúpulos, sem respeito e sem lei que, nem de perto nem de longe, se compara sequer a colossos desportivos como um Real Madrid, um Barcelona, um Manchester e tantos outros por esse mundo fora.
Sei que virão dizer: ah, mas o Benfica é Grande, tem isto e aquilo, tem muitos sócios e simpatizantes, tem uma TV, é uma prestigiada marca. Balelas, direi eu, mentira pegada. O Benfica que eu vivi foi, de facto, Grandioso mas, há mais de trinta anos vem caindo no abismo da mediocridade e do fracasso. Este Benfica de agora não passa de um Clube perdedor, é uma reles caricatura do que foi outrora e não tem á sua frente Homens capazes de o guiar com determinação e competência pelos novos e tortuosos caminhos do presente. 
Vem, já aí, a taça da Liga. A taça da Liga? Não se deveria comparecer nessa final mas, tendo que ser, depois do que se passou hoje, haja a dignidade e a decência de tudo fazer para que o nosso adversário a venha a conquistar, ou então disputá-la com a dita reserva ou mesmo com os juniores. Porque, fazendo por ganhá-la, será mais uma vergonha, uma gargalhada e uma chacota nacional. Será mais uma humilhação. E na Liga Europa, dói-me muito dizê-lo,  fico a torcer para que o Braga consiga estar na final, caso contrário, será outra agoniante humilhação.
Por isso eu não me revejo neste Benfica e estou aqui para dizer basta, é demais, já chega! Estou farto de ser defraudado nos meus legítimos anseios, estou farto de ser vilipendiado, estou farto de ser humilhado e, para o bem da minha sanidade psíquica e mental, vou afastar-me disto, porque não vejo esperança. Que me perdoem alguns amigos que já tinha como grata referência, o Dylan, o Guachos, o Carlos Alberto e o FireHead, amigos esses que continuarei respeitosamente a considerar. Que me perdoem, mas assim não dá. Outrossim, poderão outros atirar-me á cara: - “Vai, que benfiquistas desses não fazem cá falta nenhuma”.  Seja! Compreendo e aceito tais atitudes, mas permito-me contestar: na idade que já tenho não admitirei nem aceitarei lições de benfiquismo de ninguém e a intensidade do meu benfiquismo é um sentimento que só eu poderei medir. Não posso permitir que alguém me venha a humilhar sem limites, nem mesmo o consentirei àqueles a quem mais amo nesta vida. E eu não quero ser mais humilhado! Nem da forma como sou! Não estou a fugir, estou apenas a precaver a minha lucidez.
Dizem que é nos maus momentos, nas dificuldades e nas derrotas que devemos ajudar aqueles que por elas passam: aceito isso, mas só se for para conseguir emenda e levantar cabeça o que, convenhamos, não tem sido o caso nestes longos e miseráveis trinta anos. 
Estou farto!
Claro que continuarei sempre benfiquista mas, por certo, não do Benfica do presente porque o Benfica que eu admirei e amei, esse já morreu há muito. Como continuarei a ser português mesmo não me revendo no Portugal da hora presente.
A todos nós é concedido um tempo para tudo na vida e, como diria Remarque, pressinto que o meu tempo de amar já lá vai e que apenas me resta o tempo de morrer. Porém, quero tê-lo em paz!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

LUTA DESIGUAL

Vai ter lugar, daqui a pouco, o jogo da segunda mão para a taça de Portugal, entre os Criminosos do Freixo e o Benfica. Não teria nada que dizer, devendo limitar-me apenas a esperar os acontecimentos, sem muita expectativa, emoção ou ansiedade. Porém, nestas ocasiões, não sei porquê, assaltam-nos quase sempre funestos pressentimentos que dão connosco a congeminar um sem número de pertinentes reflexões. 
E assim, dou comigo a meditar em determinadas situações que podem influir e condicionar mesmo o resultado desse desafio. Em primeiro lugar sobressalta-me a pouca sorte do Benfica pois, nesta fase crucial da temporada, logo se foi lesionar o Salvio, uma das pedras principais do ataque e depois outra não menos importante, o Gaitan que, pelos vistos, também não vai jogar mais logo. Bom, mas neste aspecto, apenas se poderão culpar as contingências da fatalidade. Por sua vez, vou-me perguntando com descrença: quando virá o dia em que o nosso Clube poderá fazer um jogo limpo e com igualdade de oportunidades em confrontos desta natureza, libertando-se da inevitável sina de ter de enfrentar sempre catorze ou mais adversários? Tenho a certeza de que, se tudo acontecesse com lisura e dignidade, não haveria preocupação nem angústia para nenhum dos lados e palpita-me, como em tantas outras ocasiões semelhantes, que não vai ser assim.
Os Corruptos descem a Lisboa, ao estádio da Luz, como predadores insatisfeitos e vorazes, sabendo que em qualquer necessário momento poderão utilizar em seu proveito o parcial desnivelamento de forças. Uma delas será a equipa de arbitragem. Ouvi por aí que, com o árbitro Xistra, vai certamente haver assalto no nosso Estádio. Nada me custa a corroborar tal afirmação, no entanto, com outro qualquer apitador seria igual pois todos eles gastam da mesma casa. Entretanto, o que mais me mete medo e me deixa deprimido é o recurso químico. Pouco percebo disso ou de como tal é levado a cabo, mas uma coisa é certa: se essa Corja do Freixo estiver em condições de o utilizar então, caros amigos, a nossa hipótese de sucesso será muito reduzida. 
Andaria muito mais calmo e mostraria outra disposição se, como disse, o nosso Benfica pudesse jogar sempre com os seus onze contra outros onze, mas isso nunca acontece. Onze, com arbitragens doze, com  ajudas químicas treze e com incitamentos de todo um bando de almas vendidas aos senhores das Trevas, aí estão os catorze.  
É certo que, mesmo assim e nalgumas vezes, esse inimigo sinistro pode ser derrotado, mas não o é menos que, na grande maioria delas, as coisas seguem o seu programado e inexorável  percurso. 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

VOZES DE BURRO

Bem; toda a gente sabe que as regras do jogo futebol são permissivas e podem ser interpretadas conforme dê mais jeito àqueles a quem possam interessar. São uma autêntica “mina” para as corruptas manobras dos finórios do apito que as moldam na perfeição quando precisam de bajular os seus amos.  Mal de qualquer desporto cujas regras permitem a sua aplicação como um pau de dois bicos, ao sabor de programados interesses. Não me venham com as costumeiras cantigas de que são erros humanos ou de que todo o homem tem o direito de errar: isso não passa de conversas da treta de figurões que têm os demais na conta de alienados mentais, senão mesmo de torpes insultos á inteligência das pessoas. Por aquilo a que se vem assistindo é tudo feito de modo premeditado e obsceno, reiterada e descontraídamente, ás claras, sem qualquer pudor, sem nenhum medo, tendo apenas em vista um determinado fim. Mas alguém duvida de que o penalti perdoado ontem aos Corruptos do Freixo se tratou de algum erro? Alguém acredita que se tal ocorrência se tivesse passado com o nosso Clube, mesmo em pleno estádio da Luz, suscitaria qualquer hesitação? 
Outro supremo desplante que eu entendo como propositado achincalho, são os comentários da incontável matilha de rafeiros que se esganiça pelas televisões e jornais tentando explicar, com ademanes científicos e solenes, o pensamento do assobiador. E a insolência é tal que só conseguem perorar dessa forma quando as coisas acontecem com o Clube de Contumil porque, tratando-se do Benfica, tudo se apresenta categórico e sem qualquer discussão, chegando mesmo ao cúmulo de, mediando apenas poucas horas, considerarem de forma antagónica situações absolutamente iguais. 
Santas almas! Alguém duvida de que haja um desejo declarado em abater o nosso Clube, tendo em conta a perseguição e ataques que lhe foram movidos ao longo de trinta e tal anos? E continuam; e vão continuar; e vão tentar sempre, com raiva, com obstinação, com desespero. Esperem pelos jogos que ainda restam até ao fim da época. Mas fica-me uma certeza, que vou alicerçar na História: cito, como exemplo, a declaração de Mestre Afonso Domingues, proferida pouco antes de morrer, no fim do seu insensato voto cumprido na  sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha: 
- “… a abóbada não caiu, a abóbada não cairá.”
Amigos, eu também vos quero dizer: os inimigos do Benfica podem esperar sentados porque se ao fim de trinta anos não O conseguiram derrubar nem fazer cair, não é agora que o vão conseguir. 
O Benfica não caiu, o Benfica não cairá.


sábado, 16 de abril de 2011

SEM ARROGÂNCIA, MAS SEM MEDO

Depois do jogo com o PSV voltou a insatisfação dos benfiquistas, expressas em muitas publicações que vou lendo por aí e cheias de revoadas de nuvens negras carregadas de dúvidas e pessimismo. Entendo, eu também as subscreveria todas. O Benfica não tem a almofada macia nem o escudo seguro do recurso a pós milagrosos e demais candongas usadas pelo grupo dos Corruptos que lhe permita, com total certeza, cantar de galo. Por isso, aqui d’el Rei, andamos todos com uma tremedeira doentia.
Que se lesionou o Salvio, peça fulcral da equipa, sobretudo nesta fase em que mais falta irá fazer. Que se deve usar de cautela com o Braga - e é verdade - mas não o declarando com o sentido pusilânime de um medo encapotado. Que o nosso treinador faz mal em não mostrar ronha e matreirice, sobretudo nos jogos internacionais, tomando precauções com a defesa e não lançar-se ao ataque de modo insensato, sujeitando-se a contra-ataques perigosos, o que leva muitos de nós a concluir que o Benfica não terá ainda, por via disso, um verdadeiro estofo europeu. Nada de mais errado, digo eu, e tudo uma boa treta!
A todos quantos assim pensam e comungam de tais receios, apetece-me contrapor dizendo que humildade não deve ser fraqueza, nem o real valor que alguém possui deve dar aso a infundados receios. 
E aqui vou deitar mão da minha longa vivência para, de certo modo, corroborar o que atrás afirmei. Jogava-se a final da nossa segunda Taça dos Campeões Europeus contra o Real Madrid, que eu via num café abarrotado de pessoas, em televisor ainda a preto e branco, quando ao fim de vinte minutos o Benfica já perdia por 2-0. Lembro-me, como se fosse hoje, que virando-me para um amigo ali á minha beira e já um tanto desalentado, de lhe ter dito com estranha calma e convicção:
—“… meu caro, da maneira que a nossa equipa está a jogar, nós nunca podemos perder este jogo!” E foi o que se sabe.
Porque o Benfica quase não tinha defesas; quem eram eles? Angelo, Cruz, Mário João e mais alguns, com excepção de Coluna ou Germano. Atletas vulgares, com pouco gabarito e renome. Porém, em contrapartida, o ataque era opressor, sufocante, maravilhoso, tremendamente eficiente, corrido como um carrossel e dava gosto ver um jogo assim, belo, empolgante e cheio de magia. Assisti, depois, a outros jogos do Benfica nos quais a bola raramente saía da área do adversário, dando a ilusão de que nem seria necessário ter defesa. Vi um jogo contra o Nuremberga em que perdemos 3-1 na Alemanha e no estádio da Luz, ao fim de dois minutos, a vantagem desses dois golos dos alemães já estava anulada. E então pergunto: nesse tempo também não haveria risco? Dir-me-ão que, agora, as coisas são diferentes e que o futebol se joga de outra forma: até posso admitir que assim seja mas, por muito que se diga, as equipas que possuem grandes ataques têm muitas mais possibilidades de vencer. 
Gosto da forma como o Benfica joga e admiro o treinador que O leva a isso. Golos no início dos desafios podem sofrer-se sempre, a virtude e a força estão na capacidade de os conseguir ultrapassar e o facto de se ter igualado o resultado negativo no transcendente jogo de EindHoven já significou um positivo trabalho. 
Sem arrogância, é certo, entendo que, dado o valor do nosso plantel, o exagerado medo que o Braga possa inspirar ao nosso Clube, não passará de uma falsa modéstia. Hoje o futebol está, de facto, muito diferente porque fora das quatro linhas do relvado prolifera um sem número de esquemas sujos e de interesses pouco claros que condicionam e subvertem a beleza do desporto. O jogo da Pedreira para o campeonato estava mais que ganho e só o perdemos devido a manigâncias que nada tiveram a ver com o futebol, por isso, se estes da Liga Europa e todos os outros que ainda restam se cingiram somente á parte desportiva, sem condicionamentos de outra sorte, estou quase certo de que o Benfica atingirá a final, com maior ou menor dificuldade. 
Haja confiança!,

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ASSIM, TAMBÉM NÃO PODE SER!

O que vou dizer não deverá ser entendido como uma falta de amor ao nosso Clube, nem como uma crítica cega e desarrazoada, muito menos como qualquer ataque malévolo e sujo. Diria o mesmo de alguém a quem amasse se o visse nas mesmas circunstâncias, movido apenas pela tristeza e desilusão que, certamente, me acudiriam ao vê-lo desnorteado e perdido. Com mais razão porque eu fui dos que assisti a todo o esplendor do Benfica facto que aumenta, ainda mais, a minha dor e frustração!
Com a derrota de ontem na Figueira da Foz alargamos a distância que nos separa da Organização Corrupta para 19 pontos; uma miséria e uma intragável humilhação provocada pelos díscolos anti-benfica e aguentada no outro dia, logo de manhã no café, com impotente raiva e surdo estoicismo. O Benfica não se pode enfronhar em cenários destes, sob pena de se afundar ainda mais no retrocesso da sua História. Com a agravante de, por sua vez, se estarem a fornecer aos nossos inimigos justificações para o total branqueamento das suas reprováveis condutas. Assim, não pode ser!
Não me venham com as estafadas ladainhas de que somos Grandes, o Maior de Portugal, o Maior Clube do Mundo, uma Instituição mítica, etc. e tal, porque tais brados de glória  apenas farão sentido e causarão orgulho se estiverem alicerçados em percursos  condizentes com os pergaminhos da nossa grandeza.
O Benfica perder com a Naval? Por muito respeito que este clube me possa merecer, não pode acontecer em circunstância alguma, mesmo que utilize uma equipa de jogadores ditos de segunda linha mas que ganham fortunas e é suposto terem outro estatuto na sua categoria. Mas que desaforo é este? Não o admito nem concebo. Desculpai-me, mas não é possível entender tal leviandade e tal  postura numa Instituição com a grandeza do Benfica.
Podem-se alegar os mais variados e aceitáveis motivos para justificar todo este estado de coisas, até o posso admitir, mas nunca quando  tais opções venham a apoucar ou denegrir o âmago dum glorioso passado.
Por outro lado, será legítimo interrogar; teria valido a pena? E se não valer a pena? Confesso um certo temor nessa incerta conjectura a qual, a acontecer, será uma imponderável catástrofe e um fatal desastre. Ninguém verbera a derrota em si mesma, mas o modo como ela se dá ou se consente! Tenho muito medo daquilo que ainda possa estar para vir e que eu ainda terei de contemplar. Compensará se for  a Glória, porque se for a Derrota então fenecerá o ânimo!
Dizem que quem ama verdadeiramente releva tudo ao ser amado, mas este também deve fazer esforço por demonstrar ser digno do amor que recebe! 

domingo, 10 de abril de 2011

CAUTELAS JUSTIFICADAS

Depois da magnífica vitória do nosso Clube sobre o PSV para a Liga Europa, poderá o Benfica e muita da sua gente cair no funesto erro da entrada numa euforia tão injustificada quanto perigosa. Cuidado, que os holandeses não são uma equipa russa, essas sim, autênticas pêras doces, como se pode verificar pelo desempenho de uma outra tão trivial como o Braga. Por isso, e parece-me que o Benfica se manterá avisado, devemos ir jogar a segunda mão a Eindhoven como se o resultado tivesse sido o pior. Caso contrário, poderão surgir dolorosas surpresas. Espero que não!
Perante a mais que provável hipótese de se estar a desenhar uma final da Liga Europa entre o grupo dos Corruptos e o Benfica, pelo que já li e pelo rumor de certos zunzuns que também já ouvi por aí, parece estarem já a ser preparadas certas manobras no sentido duma viciação que lhes proporcione a vitória, certa e segura, nesse jogo. Essa canalha tem, na verdade, a corrupção e a batota tão entranhada no seu modo de agir que não descansa em momento algum para levar a cabo as suas torpes manigâncias. E então, que andarão esses malfeitores a tramar? Pelos vistos, parece que estão já a preparar o terreno para que seja nomeado um árbitro português para dirigir essa provável final, não querendo arriscar sequer a possibilidade de serem derrotados. Um dos seus cães de fila mais dedicados, um tal Vítor Pereira, já veio lançar a ideia e não me admira nada que ela ganhe corpo e se concretize. Num hipotético cenário destes seria preferível a cobardia de uma desistência á infâmia de uma mais que certa humilhação. 
Muita atenção aos responsáveis do Benfica para que, conforme o rumo dos acontecimentos, se não deixem comer por lorpas, pois esta escumalha do Freixo, pela sua génese, é capaz de tudo.
Outrossim, se passarmos ás meias-finais e o Braga também, jogaremos com eles nesse contexto. Aí, ficarei deveras curioso de ver qual será o comportamento desses tratantes numa prova internacional na qual não poderão deitar mão de expedientes e subterfúgios em que são artistas, tais como violência consentida, bolas de golfe e cobardes provocações dentro do próprio campo ou na entrada dos túneis. Além de ser, também, um jogo em duas mãos.
Eu, por um lado, até gostaria que tal pudesse suceder!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O MÉRITO


A noite passada estive a ver, na nossa Benfica TV, o programa “DEBATE” onde quatro simpáticos rapazes discutem diversos temas atinentes ao nosso Clube e ao desporto em geral. Ouço-os sempre com o maior agrado, até pela forma desinibida como tratam tais assuntos e pela sua garra benfiquista. Porém, ontem, senti-me desiludido e agastado quando um deles, após muitas considerações, reconheceu que a Organização criminosa de Futebol do Porto tinha, inegavelmente, uma grande equipa e que a sua vitória não deixava de ser justa e com mérito. Fiquei espantado porque, por um lado e mesmo a ser verdade, como benfiquista nunca o haveria de dizer, e por outro porque, além do mais, é uma refinada mentira. Lamento que seja sempre assim: no final do campeonato e por mais que ele seja viciado, todos vêm ao beija-mão de reconhecer a sua validade. Nada me custa reconhecer mérito naqueles que actuam com lealdade e respeito pelo esforço nobre dos seus concorrentes. Não é o que, de forma alguma,  se tem verificado. Poderão ter, quiçá, uma boa equipa, mas não é nela que poderá estar o mérito. Também, pudera! Pelo que fazem e como o fazem quase sempre, mal seria se a não tivessem!
Sinto-me um homem coerente, tenho os meus valores e, por uma questão de princípio, por nada deste mundo reconheceria mérito na vitória dos Corruptos, porque  eles não são um Clube, são literalmente uma Associação de malfeitores onde tudo vale para atingir os seus repreensíveis fins e onde nada de positivo se aproveita. São trafulhas, são batoteiros, são ladrões, são terroristas perigosos, são violentos, não têm noção da honra, pautam-se pelo mau carácter, não sabem ganhar, muito menos perder, não respeitam ninguém, são dirigidos por indivíduos da pior espécie como cidadãos, vêm espalhando o ódio e a subversão de todos os valores fundamentais do desporto há mais de trinta anos, testemunhados e contados por mim, todinhos, um a um, na vã esperança de os ver acabar um dia. Muitos dos amigos benfiquistas que me lêem ainda andavam de cueiros quando esta malfadada gente levantou a grimpa, por isso eu sei bem o que passei e como me vou lamentando com todo esse vergonhoso tempo. Não os considero nem rivais, nem adversários, nem inimigos sequer e sim uma peste deletéria que apareceu neste País, indignos de enfrentar outros parceiros que competem com honradez e, se estivesse na minha mão, recusaria a limine defrontá-los sequer o que, se fosse noutra Nação onde a Justiça funcionasse, aconteceria certamente.
Então, ainda por cima e apesar de tudo, terei de lhes reconhecer quaisquer méritos? Suprema injúria! Só se perdesse mesmo a minha noção de vergonha e decência. Não sou daqueles que, mesmo não a podendo vencer, me juntaria a gente como essa. Poderia estar a fenecer com a mais terrível doença  e se, por conjectura, possuíssem o remédio para a minha cura e mo ministrassem com a condição de me juntar a eles, preferiria a morte sem hesitar, pois tal vida assim conseguida seria uma escravidão e não  passaria de um réprobo, sabendo também que, com tal atitude, vencê-los-ia e tornaria a minha alma grandiosa com tão magnificente acto de liberdade. 
E essa Organização é tão pérfida que pretende mesmo destruir a essência, os fundamentos e a própria história do Benfica, ao tudo fazer para O levar pelos tenebrosos caminhos que ela própria vem trilhando. Se os benfiquistas se não precaverem poderão cair, sem remédio, nessa maléfica armadilha o que, pelo que leio, tal parece já acontecer com uns quantos blogues da “gloriosaesfera” que disparam em tudo o que mexe no nosso Clube, fazendo mais estragos que os próprios andrades; a menos que se levem em conta de serem apenas vozes de burro. 
O pouco que consegui na vida foi a pulso, com  esforço e suor,  respeitando valores fundamentais e assim quero acabar. Por via disso, passei a abominar  todos aqueles, que para se guindarem, necessitam de apoucar e pisar os outros.
Enquanto viver combaterei sempre, á medida das minhas forças, sem tibiezas e com determinação, toda essa Agremiação do Freixo e seus mentores. Poderá fazer pouca mossa, mas cá me manterei na frente! 

terça-feira, 5 de abril de 2011

O ALARIDO DAS PROSTITUTAS

Pelo que leio, concluo que anda por aí muita gente alarmada com os acontecimentos que ocorreram no domingo passado no nosso Estádio. Até muitos que se dizem benfiquistas, o que me causa grande perplexidade e nem o concebo. Os homens, apesar de pertencerem ao seu reino não são, contudo, animais, ou melhor, são diferentes, precisamente porque têm o poder de pensar e raciocinar. Até posso admitir que muito do que se passou nesse dia, são coisas que se não deviam fazer, mas isso só seria viável se todas as partes fossem civilizadas o que não era o caso. Também compreendo que muitas vezes somos impelidos a agir como seres humanos, quando acossados. Os que agora fazem toda essa esganiçada berraria e amplificam todo esse alarido, só posso concluir que o fazem de má-fé, para achincalhamento e escárnio. São autênticos fariseus desbocados e reles prostitutas bramando  escandalizadas  que lhes ofenderam a “virgindade”. O que essa gente pretende é a justificação dos seus reprováveis comportamentos.
Sempre disse que se não podiam considerar as agressões duma guerra, sobretudo imposta de forma acintosa e forçada, como actos que se pudessem perdoar ou desculpar e, na minha opinião, deveriam era ser enfrentados com a determinação de uma legítima defesa.  
E então como é que agora vem toda uma súcia de hipócritas, jornaleiros, comentadeiros, bloguistas, televisões e sobretudo os lacaios da Máfia, gritar como possessos e rasgar as vestes porque o Benfica fez isto e aquilo? Já na Sagrada Escritura se condena aquele que se melindra com o argueiro no olho do vizinho e não consegue ver a trave que tem no seu. Como é que vem agora toda essa corja criticar seja o que for, vociferar impropérios com repugnante histerismo, quando foi ela mesma que iniciou e vem fomentando essa guerra, tão suja quanto desnecessária, quando é ela mesma que vem praticando, há mais de trinta anos, actos de violência criminosa, quando é ela mesma que fomenta um ódio vesgo e insensato, quando  é ela mesma que tem incendiado todo o desporto em Portugal, quando é ela mesma que o tem subvertido, desonrado e tornado numa mentira? Quando ainda no último jogo se recusou a entrar em campo levando crianças pela mão só porque iam vestidas com a camisola do Benfica?
Queriam o quê? Queriam respeito? Mas como, se essa canalha, deliberada e propositadamente, não respeita ninguém? Queriam vassalagem? Já não estamos nesses tempos! A sorte deles é que, se lidassem com gente da mesma laia, levariam era com um valente estadulho como resposta; o que eles mereciam e seria pouco. 
Como se pode competir com verdade contra Organizações destas que tudo pervertem? Com que verdade se pode conseguir uma vitória de modo limpo? Como se pode jogar de forma  serena  e leal contra adversários que já entram em campo mentalizados para uma batalha e se comportam como verdadeiros beligerantes? Ninguém consegue ganhar um jogo viciado a não ser aqueles que o viciam. Se não forem enfrentados a sério - como, não sei - ninguém os conseguirá travar. 
 E vem agora esta gentalha falar em moralidade, exigir civilidade? Eu, pelo menos, não lhes reconheço virtude nem lhes aceito sequer lições de bons costumes. Como pode alguém dar razão a um gatuno quando ele vem gritar que o estão a roubar? Contra os cães que atacam e mordem, devemos estar precavidos e se os pudermos abater não devemos hesitar. Só essa será uma postura normal.
 A outra face só a deu Cristo  e vejam o que Lhe aconteceu! 

domingo, 3 de abril de 2011

O TRIUNFO DOS LADRÕES

Era previsível e mesmo inevitável e por isso se consumou; o Clube do Grémio Corrupto lá abarbatou mais um campeonato. Roubado, comprado ou fabricado, tanto faz - ganho é que nunca - a verdade é que tudo voltou ao normal. Disseram no ano passado que o iam “ganhar” (gamar) á moda deles e que perderam o anterior campeonato porque se tinham distraído; de tais afirmações se pode depreender que os Criminosos, pensando que todos estariam amoldados á canga por eles imposta, se teriam relaxado um tanto nessa consentida rotina. Não sendo como tinham conjecturado e verificando que não podiam descurar em momento algum a sua vigilância furtiva, como aconteceu na última época, voltaram então a arreguilar os olhos e a intensificar a guarda para tudo voltar a correr sem percalços. E então aí está ele, mais um título ganho de forma irrepreensível, limpa e  séria, como não podia deixar de ser.
Neste momento sinto-os a fazer a festa, a deitar os foguetes e a berrar a sua euforia pelas ruas onde predominam. Infelizmente eu tenho que os ouvir e fico a ranger os dentes de impotência e raiva. Podeis ter pena de mim porque moro aqui no norte onde proliferam grandes manadas dessas bestas e, nestas alturas, chego a ter inveja dos benfiquistas que vivem noutras paragens pois não têm que aturar tão abominável ralé. Também porque se me afigura que eu próprio voltei a um rotineiro modus vivendi interrompido no passado ano, pelos vistos de forma casual. A minha sina parece a de estar condenado a assistir todos os anos á, para mim, penosa festa dos mesmos de sempre!  Será que este pesadelo nunca mais vai acabar?
Embora inconformado com a impotência de nada poder fazer no sentido de rejeitar a aceitação de um estado de coisas imposto criminosamente poderei, no entanto, apelar á minha indiferença e ao meu desprezo pela reles canalha sem dignidade e sem lei e será, neste momento, o que pode trazer algum ânimo á minha amarga revolta, tomando também consciência da minha força moral em relação ao Bando Criminoso das Antas. Ganhem o que pensam ter ganho, roubem o que roubarem, manipulem os campeonatos que quiserem, nunca lhes reconhecerei tais vitórias porque elas são forjadas na desvergonha, na mentira e no ódio e constituem insultos ás pessoas que caminham na vida com honra e decência. 
Os ladrões, quando ninguém os molesta pelos seus roubos e se passeiam impunes, também se sentem impelidos a retumbar o despojo das suas pilhagens, alardeando glória! 
Que lhes aproveite! É natural e legítimo eu esperar que virá um dia no qual o salteador será irremediavelmente caçado. “Fur quousque furatur, donec deprehendatur.”  (O ladrão só rouba até ser apanhado!)
A frustração e o desânimo parecem estar na incerteza da demora.