domingo, 5 de janeiro de 2014

MORREU O ÚLTIMO GRANDE HERÓI

Hoje de manhã deparei-me com a infausta notícia da morte de Eusébio, o grande símbolo do nosso Benfica e de todos os benfiquistas. Era ela esperada, não era esperada? Ninguém pode argumentar com tais conjecturas, felizmente irrelevantes para um evento por que todos teremos de passar. 
Estou aqui apenas para dizer que, um pouco mais velho que ele, fui daqueles seres que tive o privilégio de viver o seu tempo em simultaneidade: fui daqueles que me lembro muito bem das peripécias ocorridas na sua rocambolesca transferência para o nosso Clube, que presenciei, muitas vezes in loco, nos muitos campos de futebol deste País a maravilha das suas actuações, que vi através das transmissões de imagem em muitas arenas do Mundo, todas as retumbantes façanhas, toda a magia pura e genuína realizada por essa figura simples e grandiosa. Fui seu contemporâneo, desde o primeiro jogo em Paris contra o Santos até ás fenomenais sagas da Taça dos Campeões, do Mundial de 66, de tantos torneios e taças realizados por esse mundo fora, de todas as épocas do futebol cá dentro de portas. Em toda esse teatro de operações Eusébio foi, na verdade, uma estrela que brilhou intensamente na imensidão desse Cosmos, que encantou com o sortilégio das suas actuações. 
Falavam nele como lenda e mito (e já era), porém, o mito e a lenda só a partir de agora é que começam a perdurar eternamente. 
Por todas essas proezas, por todo esse encantamento é que se poderão citar com toda a justeza as também lendárias estrofes do nosso grande poeta, pois Eusébio é um daqueles heróis imorredoiros "... que pelas suas obras valorosas  se foi da lei da morte libertando”. 

Paz e Glória á sua lembrança!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

MAIS UMA CORRIDA ...


Como dizem os arautos das corridas dos "carrinhos" nas feiras e romarias, vai começar mais uma corrida; esta, a do futebol português; para quê, pergunto eu, se ela começa sempre viciada e adulterada por circunstâncias de todos conhecidas há muitos anos? Sempre o mesmo filme, sempre com o mesmo epílogo. O campeão já todos sabem qual é e nem se torna preciso ser bruxo, profeta ou adivinho. Podem acontecer as mais diversas peripécias, podem surgir esperanças bem fundadas, pode parecer que as coisas vão ser diferentes, podem os benfiquistas imaginar cenários de alegria, ralhar ou proferir invectivas contra tudo o que mexe que, no fim e como num passe de mágica, lá surge não se sabe de onde, do meio do nevoeiro das falcatruas e trafulhices, sempre o mesmo Clube como campeão, apesar de parecer que já estaria caído por terra. Sabem porquê? Disse-o, volto a dizê-lo e di-lo-ei sempre: porque esse Clube é, pura e simplesmente, imbatível: nunca perde. 
Entrei agora aqui - e peço-vos compreensão por isso - só para exarar este pequeno desabafo porque reconheço que não vale a pena dedicar-me, como desejaria, ás contingências legítimas que a competição vai originando. O resultado final nunca se altera e, assim sendo, é inútil qualquer preocupação, sofrimento ou satisfação. Conheço-me a mim próprio mas não conheço os outros; se eu fosse um actor proeminente neste contexto, enquanto não morresse, tudo havia de fazer para destruir esses criminosos, lutaria até ao fim com todo o género de armas e de situações que me servissem para os derrotar, mas pelos outros não posso responder, infelizmente.
Duvidam? Não é preciso porque o tempo me dará razão e tudo porque esse Grupo criminoso, é forçoso reconhecê-lo, se tornou invencível! 

domingo, 2 de junho de 2013

A MINHA PENA


Sou um homem idoso que sempre cultivou a rectidão e a palavra dada, tenho estado calado após os difíceis momentos recentemente ocorridos sob pena de reagir debaixo de emoções, por isso rejubilei com a posição inicial exarada no comunicado do Benfica de que não iria comparecer no jogo de hóquei em patins a realizar hoje no Porto contra o grupo dessa Organização mafiosa e torcionária, com provas mais que dadas. Achei-a uma atitude, no mínimo, curial e correcta porque esse jogo não vai ser um jogo desportivo, digam o que disserem nunca o será, e sim uma guerra como os responsáveis desse ignominioso clube classificam a sua participação em qualquer evento em que se metem ou usurpam. 
Sou benfiquista e, assim sendo, senti-me orgulhoso, embora no fundo do meu raciocínio sentisse o medo de que a Direcção do meu clube pudesse voltar com a palavra atrás como, lamentavelmente, veio a acontecer. Por isso, o meu inicial orgulho deu lugar á incredulidade, ao estupor, á canalhice, á safadeza, á capitulação, á timidez, á bravata, podendo dizer-se que este recuo foi pior que a célebre emenda do soneto. Não se trata de medo como dizem os biltres seguidores e correligionários do Grupo do Freixo, não, isso é uma questão de bom senso e auto defesa pois jogar naquele antro e com tal canalha é um perigoso risco. O Benfica recuou e vai comparecer na contenda (desgraçadamente já o antevia) o que é triste e revela uma atitude grotesca de gente sem carácter. Estou revoltado e desengane-se quem pensa o contrário: tal gente não pensa recuar e vai usar na mesma todos os truques de que costuma deitar mão, todos os golpes baixos, todas as trapaças e manigâncias, toda a droga para nos vencer e humilhar que é o supremo fim que eles perseguem. Não são leais, nem desportistas, nem gente de bem. Não sejamos ingénuos, participar nesse jogo é uma temeridade, só por fanfarronice, pois é um jogo desigual e viciado á partida e terminará, inevitavelmente e como sempre, na nossa derrota e, pior ainda, na humilhação e na violência. 
Em face disto e com muito desgosto, me sinto afastar cada vez mais dum Clube que amei, porque os seus dirigentes actuais constituem uma pálida sombra de outros grandes Senhores que o guiaram no passado, parecem rapazes impreparados que não possuem a hombridade e grandeza necessárias para representar um Clube de tal dimensão. São homens sem firmeza, medrosos, sem índole, sem categoria, que recuam á primeira gargalhada de cinismo, de falsa censura de arruaceiros safardanas. Os dirigentes do Benfica que esperem pela volta, se é isso que querem depois de darem o dito por não dito. É só fogo de vista e depois são escarnecidos: que esperam, de facto? Os cães são sempre cães e não brincam em serviço e só sabem morder.
Sinto vergonha e pena e comigo não contem.   

sexta-feira, 15 de março de 2013

JUSTIÇA?



Acabo de ler, em rodapé de programa televisivo, que o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol tinha sentenciado manter o Clube do Porto na Taça da Liga. Apesar de remotamente se poder admitir tal possibilidade, constatada á luz de muitos outros indicadores nesse sentido, a minha indignação não deixou de ser, por via disso, menos repulsiva, tal a desvergonha desse miserável acto. Trata-se mesmo de um insulto a todas aqueles que prezam a rectidão das suas consciências. Como se torna tudo isto possível? Como se ousa falar sequer em Justiça quando um clube que tem praticado todo o género de irregularidades e atropelos ás leis e regulamentos, que usa de todos os meios fraudulentos e pouco éticos para atingir os seus fins, tanto ele como os seus mentores, se pavoneia insolentemente numa absoluta impunidade e numa descarada excepção? Que mente, que corrompe, que distorce arrogantemente todas as regras fundamentais que noutros são aplicadas muitas vezes com excessivo zelo e rigor, em situações totalmente semelhantes? O conceito de Justiça tem um cunho sagrado, mesmo uma inerência divina e não pode ser manipulado por palhaços travestidos de juízes. Tenho interiorizado que, perante estes desmandos justiceiros, se essa odiosa agremiação levasse, por muito bem o entender, metralhadoras para dentro de um campo de futebol para, dessa forma, ganhar um jogo, poucas dúvidas me restariam de que este arremedo de conselho de justiça haveria de aplicar uma violenta sanção precisamente ás vítimas dessa monstruosa agressão como, aliás, já tem feito em muitos outros e variados casos. 
Mal vai a santidade e a transcendência  da Justiça quando esta tem medo, se acobarda ou manifesta condescendente tendência para com o criminoso. Parece-me e fica bem claro que, se tivesse sido qualquer outro Clube de futebol, que não este do Freixo, a cometer o mesmo e grosseiro erro, a sentença seria evidentemente a oposta á que agora foi aplicada, como é bom de constatar pois isso já aconteceu, estando sempre envolvida esta indecorosa Agremiação: caso do Boavista que desceu de divisão pela mesmíssima infracção e o Clube de Braga, ipsis factis. 
Porém, a maior ignomínia que daqui resulta, ainda é a forma como tudo é feito, sem pudor, com escárnio, com achincalho, á descarada!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CONVERSA FIADA


Fui daqueles que, na passada época, fiquei mais descontente e até agastado por o Benfica ter conquistado a Taça da Liga, apenas e só, do que por ter sido eliminado hoje. Continuo a achar que esta competição não tem qualquer valor desportivo a não ser para equipas de segundo plano e que para uma equipa doutro gabarito como a nossa, a verdade é que só atrapalha. Deve-se acrescentar ainda o ponto positivo de a eliminação não ter resultado de uma derrota no respectivo jogo, apenas aselhice na marcação das penalidades, a que soe chamar-se de lotaria, mantendo desse modo a invencibilidade no jogos jogados. Por isso, não vou entrar em desesperos negativos, muito embora também não embandeire em arco.
Diz-se que devemos concentrar esforços e atenções noutros objectivos mais importantes, como a Taça de Portugal, o campeonato e a Liga Europa; nada mais avisado o que me leva a concordar, sem reserva, com tais parâmetros. Só que (e há sempre um mas), se no tocante á Taça de Portugal é praticamente certa a nossa presença na sua final, quanto ao campeonato, dita principal prioridade e conhecendo-se, como se sabe, a fraude em que foi tornado o futebol português, se me afigura muito difícil, senão impossível, a sua consecução. Porque nele está inserida uma equipa de trafulhas e batoteiros que compete sem quaisquer regras e para a qual tudo vale e serve e que, por estes motivos e muitos mais, não sofre nem se torna possível infligir-lhe qualquer derrota ou mesmo perda de pontos. Não tenho ilusões a tal respeito e penaliza-me até certa ingenuidade, para lhe não chamar outro nome, de todos aqueles companheiros benfiquistas que, porventura, acreditam que nestas coisas ainda há lisura e verdade. 
Hoje o Benfica apresentou em Braga uma equipa considerada de segunda linha por força da gestão de um plantel possivelmente sobrecarregado com muitos jogos, porém, mesmo assim, podia ter eliminado o adversário com a mesma dose de probabilidade com que também o poderia ter sido, como foi. Tudo normal, entendo eu. Mas alguém tem dúvidas de que, se lá tem estado a equipa dos Corruptos, alguma vez naquelas duas quedas dos nossos jogadores na grande área do Braga, não teriam sido prontamente marcados os respectivos castigos máximos garantindo-lhes, dessa forma, a vitória? E nisto se resume a diferença, toda a diferença. 
Assim, não sei se não teria valido a pena o Benfica, pelo sim pelo não, ter-se empenhado a sério  em comparecer em mais uma final da taça da Liga. Bom, embora de pouca monta, sempre era mais um troféu.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

HAJA FÉ


Nunca pensei nem admiti escrever uma coisa destas mas, estranhamente, sinto-me contente com o empate de ontem entre o meu Clube e o grupo dos meliantes do Freixo. E sabem porquê? Porque eu esperava uma derrota e das mais causticantes, pois tudo se conjugava e estava preparado para isso. Essa corja sabia mesmo que vinha para ganhar e, o que é ainda mais incrível, apresentava essa convicção e fazia notório alarde de inamovível certeza. Se alguma coisa falhou foi só a eles que falhou e só mesmo um grande Benfica poderia ontem ter conseguido, pelo menos, o empate o que demonstra a grande força da sua actuação. Portanto, não se iluda ninguém porque esse jogo, como atrás disse, estava bem preparado e destinado á nossa derrota. É certo que me não sinto feliz com o empate, muito menos com essa miserável, traiçoeira e abjecta Agremiação, mas a verdade é que só uma equipa da dimensão do Benfica conseguiria ontem evitar outro resultado que não fosse a humilhação dentro na sua própria casa, infligida por tão ignominiosa Associação. 
É evidente que não dá para ganhar ainda os campeonatos e, como venho dizendo sempre, enquanto tudo se mantiver inalterável nenhum Clube deste País conseguirá ganhar nada, só que, quanto mais desaires e afrontações, quanto mais escolhos e contrariedades se puserem no caminho dessa canalha, menos tempo levará até á sua final extirpação. Por isso, este empate, bem lá no fundo da minha alma, marcou um certo contentamento. Poder-se-á dizer que é uma amarga consolação, mas não creio, porque resistir á peste, embora ficando tocados por ela, já é motivo de esperança. 
Só me sinto triste porque, dado o tempo que já por cá ando, não irei certamente assistir ao desfazer da nuvem negra que tapa o sol da verdade, mas não importa nem tal me preocupa pois sei que haverá ainda muita gente, incontável gente, que se vai alegrar com o seu brilho e regalar-se com a limpidez do seu esplendor.
Essa bicharada dos esgotos há-de acabar um dia!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A VERDADE DA MENTIRA



Vem aí a hora da verdade, como todos os anos, não da verdade verdadeira, mas da verdade da mentira, como acontece também em todos as épocas de futebol deste País. Vão dizendo por aí: ah, o Benfica está forte, tem um grande plantel, está a jogar bem, vai actuar no seu terreno e por isso tem todas as condições para ganhar ao clube da batota. Tudo muito certo, só que, nessa hora dita da verdade, prevalece sempre a verdade da mentira. Com essa corja o Benfica emperra, trambelicam-lhe as pernas e, sem se saber bem por quê, fica em estado cataléptico, preso de profunda letargia; e lá vai tudo levado pelo vento das habilidades, da trafulhice e de artifícios saloios. 
Não se me afigura necessário recorrer á Sibila, a Merlin ou a Nostradamus para saber o que se vai passar no próximo domingo no estádio da Luz porque, creio, já toda a gente anda a ver esse filme há mais de trinta anos e, enquanto não se fizer outro, o filme é sempre o mesmo; e também pela simples razão de que o jogo que se vai realizar contra o ignominioso clube do Freixo não vai ser um jogo de futebol, pois essa agremiação batoteira não é um clube de futebol; são, antes, predadores, uma associação de indivíduos com vários esquemas fraudulentos para atingir os fins que pretendem, sem qualquer prurido ou probidade. Perante os grandes recursos de que podem deitar mão irão encharcar-se, antes de tudo, com uma valente dose da milagrosa poção química que conhecem e muito bem sabem utilizar e que, em principio, não costuma falhar e, por conseguinte, lhes satisfará os desígnios. Tem sido sempre assim, porém, se esse trunfo se mostrar falível, Deus do céu, vão aplicando então outras soluções das muitas de que podem dispor. Veja-se o que aconteceu ainda recentemente no jogo de hóquei em patins. Com a agravante de lançarem o odioso da derrota para o lado do Benfica, ainda por cima brutalmente reprimido por ignominiosas e desvairadas cargas policiais por visarem precisamente os inocentes e ofendidos. Torna-se muito difícil a algum adversário, mesmo ao nosso grande Clube, escapar ou fugir deste pegajoso esquema, porque esta escumalha de Contumil age a coberto da impunidade e com a eficiência dos répteis que, conseguindo inocular a sua violenta peçonha nas mordeduras que desferem, muito difícil se torna sobreviver á morte. Desta forma, muito custosa se me afigura uma vitória no próximo confronto com esses meliantes. Paradoxalmente, uma vitória num jogo desses iria contribuir grandemente para a aniquilação dessas bestas. 
Pelos vistos, andam os lambedores de cús da jornaleirada em incontida euforia pelo facto de o mentor dos Corruptos ter desviado para o seu antro mais um jogador que o Benfica pretendia. A estes pobres diabos já nem a falta de vergonha os incomoda. Lá com eles!
Também um tal Iskagailov que foi oferecido de bandeja á organização dos lupanares pelo  Clube submetido e submisso da canzoada dos viscondes sem tostão, já afinou o catarro e canta de poleiro que quer ser campeão. Pudera; naquela agremiação até o deficiente e monstruoso Quasímodo o seria, pois que ali os campeonatos não se ganham, caem do céu aos trambolhões ou são comprados nos super-mercados do ramo quase a preços de saldo. Naquela freguesia já tantos idiotas foram campeões! O poeta Artur, o Santinhos, o Juju dos dentífricos, o pedante Vilas, e o actual Pereira que, desde que para ali foi, também enche o peito de prosápia e esganiça o pescoço para se fazer ouvir melhor. Por isso não admira que toda essa bacocada sonhe com esse eldorado; suponho e se percebe que até um tal indivíduo que agora treina o Benfica também está mortinho por lá meter o traseiro.
Neste País de opereta houve algures um tribunal que deu razão aos proxenetas que exibem as prostitutas na sua pretensão de pagamento reduzido do respectivo IVA, em detrimento daqueles que, tendo fome, vão comer em restaurantes e, neste caso, têm de pagar, com língua de palmo, o máximo do imposto. E vai daí, veio logo o Porco mor da pocilga do Freixo grunhir com aquela voz pastosa de cerdo nojento e em jeito de piada brejeira, que também iria passar os seus bilhetes de futebol como sendo para um espectáculo erótico. Contra minha vontade  sou forçado a reconhecer que esse burgesso tem toda a razão nesta circunstância, pois quase todos os jogos em que intervém o seu Grupo corrupto são verdadeiros e deprimentes espectáculos de  pornografia desportiva. 
E por aqui me fico!



domingo, 23 de dezembro de 2012

O NATAL QUE VOS DESEJO


Quando eu nasci, já não era bem, mas ainda era Natal. Depois, pequerruchinho e de cueiros, seguiram-se os Natais da minha infância. 
Já mais crescidinho passei outros Natais singelos que foram o encanto da minha meninice. 
Espera aí meu amigo, direis vós, e então acabaram os Natais?
Não acabaram nada; mais tarde, pela vida fora os Natais foram continuando na sua normal intermitência 
Havia Natal quando ria e cantava, também acontecia Natal quando chorava. Quando corria atrás da sedução do amor e quando me perdia no fascínio dos seus pecaminosos braços.
E foram ocorrendo sempre: nas areias das praias batidas pelo fragoroso tumulto das ondas do mar, nas musguentas e sinuosas veredas de ermos montados, no conjunto de presépios naturais disseminados pela imensidão dos vales do meu extremoso País, no luzir das estrelas duma noite de luar, silenciosa e calma, nas lareiras acolhedoras que ardiam na base de chaminés fumegantes de lares quentes e sacrossantos. 
Foi Natal quando nasceram os meus meninos e, mais tarde, os meninos dos meus meninos, houve Natal quando o dia ia morrendo e quando o sol se esbatia no abraço distante do céu com a terra.
Diz-se que o Natal é sempre que a gente quiser. Então, assim sendo, aqui e nesta hora, deu-me para mandar o Natal a todos os meus amigos, a todos os benfiquistas, cá dentro ou espalhados por todos os recantos do mundo, ao nosso grandioso e imorredoiro Benfica. 
Então, pegai lá; aí vai Ele, o Natal do meu desejo, cheio da paz dos anjos e de todas as coisas boas, o Natal branco, cor de fogo, de todas as cores, sempre lindo, tão lindo como o brilho dos olhos dum amor sonhado, grande como as galáxias do Firmamento celeste, mais harmonioso que os nove coros dos anjos.
      Feliz Natal, muita paz e muita alegria para todos vós!
                              

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A PIADA BARATA


      Li hoje no "Jornal de Notícias" (em que outro poderia ser?) que o Costa dos peidos defecou pela sua boca porca a espantosa - para ele - sentença de que o Benfica deveria mandar vir um árbitro chinês para o jogo da Luz. Ficou inchado de gozo, pensando lá para o seu ego que piada como essa nem o Polunin a conseguiria inventar. Mas isso é evidente: porque um dito desses apenas poderia ser congeminado, não por um palhaço de elevada craveira mas por um palhaço reles e andrajoso do circo mais reles e chunga que pudesse existir ainda por esse mundo fora. 
       O que me espanta é como um biltre dessa natureza, um indivíduo que mesmo como cidadão é uma criatura sem vergonha e que inspira asco, ainda vem para a praça pública esvurmar dichotes de parolice convencido do riso alarve dos seus capangas e rafeiros seguidores. 
       Se estivéssemos a tratar de outra pessoa com uma normal conduta de vida, ainda se poderia ter por ela alguma condescendência ou comiseração, porque mesmo ás mais impolutas pessoas o tempo lhes acarreta os achaques e os destrambelhamentos da velhice. Porém, a um íncubo desbocado como este apenas se poderá manifestar um odioso escárnio, pois que sentir pena se torna um despropósito. 
         Para mim, nem uma coisa nem outra; apenas um profundo e vomitivo desprezo! 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

TÍTULO HONORÍFICO


Andaram por aí umas atiladas sumidades, benfiquistas e não benfiquistas, no perverso intuito de apoucar o nosso Clube, a proclamar aos quatro ventos que o Barcelona era uma equipa do outro mundo, destilando, embevecidos, um abacocado espanto. Nada mais errado, porque não existem equipas de outras paragens cósmicas. Que digo? Não é bem assim pois existe uma só e única, a dos meliantes do Freixo; essa sim e sem sombras de dúvida é que é, na verdade, uma equipa doutra galáxia. 
Os meus caros leitores já repararam que se não fosse a intromissão do clube da corrupção no nosso campeonato de futebol e que, através da subversão de regras, de desenfreada batota, de toda a espécie de tráficos consegue chegar sempre em primeiro, a competição seria muito mais limpa e séria, muito menos nauseabunda e viciada? 
E, falando agora para nós, benfiquistas, chega-se á interessante conclusão de que o Benfica, sem essa corja de salteadores metida, poucos campeonatos teria perdido. Ninguém lhes escapa: nem os amigos, que só o são por interesse, nem os inimigos que se encontram indefesos perante tanta extorsão e tão eficiente e organizada máquina de mentira e crime. Sem nada se poder fazer para, pelo menos, atenuar resultados tão nefastos. 
No entanto, eu tenho uma ideia para se resolver todo este problema, de forma cordata e a contento de todos, muito embora não seja essa a minha solução preferida. Esta seria a de extirpar este miserável grupo de malfeitores do convívio com a gente séria como quem extrai um tumor infecto, sepultando-os nos mais abissais pélagos marinhos para que nunca mais pudessem contaminar as suas vítimas; e, mesmo assim, nunca fiando. No entanto, reconheço que esta forma necessitaria de executores com muita força e coragem, tão arreigado e profundo se encontra este maligno carcinoma. Então propunha o seguinte: atribuir de modo permanente e definitivo o título de campeão, “honoris causa”, á espúria Organização batoteira de Contumil, dispensando-a mesmo de competir em qualquer dos jogos, com’assim o resultado seria sempre o mesmo, só que com a vantagem de evitar o fedor e a degradação do triste espectáculo da viciação e da mentira. 
Mudaria alguma coisa? Mudar não mudava nada, porém, ao menos, sempre se havia de separar o trigo do joio. 

domingo, 23 de setembro de 2012

TRISTE MISÉRIA


Pode ser que alguém talvez já tivesse reparado que eu só apareço nas horas más ou nas de crise. É possível que assim seja, mas, e que tem isso? Aparecer nas horas de triunfo e nas horas de glória pouco interesse tem para mim dada a convicção de que esses bons momentos deveriam ser normalidade no Benfica. E depois, eu apareço quando quiser, pois que não tenho de dar satisfações a ninguém.
E o que quero explanar agora é que estou farto disto e para a situação se manter nesta enervante e miserável mediocridade mais vale pactuar com o conformismo não adiantando sequer deixar-se consumir por qualquer desespero ou laivo de irritação.  
Pois como é possível que um Clube com jogadores de topo, que jogou um dia antes que o opositor nas competições europeias, óbice que para aqui nem sequer devia ser invocado neste caso, não seja capaz de levar de vencida um adversário de segunda apanha que, por muito esforçado que se mostrasse, nem de perto nem de longe nos deveria, nem em suposições, causar qualquer entrave á vitória, mesmo jogando contra vinte!?
Sei que custa muito tudo isto para quem leva já anos e anos de benfiquismo. Não quero atacar ninguém, nem culpar quem quer que seja dentro da Instituição; queria era que a realidade fosse bem diferente.
Custa-me muito pensar que tenho de admitir que o grupo dos ladrões corruptos de Contumil são, na verdade, invencíveis … e burros; e digo burros porque escusavam de gastar grande dinheiro com treinadores ou jogadores de qualidade pois que, com qualquer hominídio, a sua invencibilidade manter-se-ia na mesma. Podem jogar com varredores da Ribeira, com estivadores de Leixões ou com os apanha-bolas da pocilga que ninguém os conseguirá derrotar, nem cá dentro, nem lá fora. Podem contratar um condutor de autocarro para os treinar nas horas vagas, que ao fim de três ou quatro jornadas têm o campeonato ganho e o resto será meramente um passeio triunfal. Poder-se-á afirmar que não é bem assim, mas é, porque essa é a pura realidade.
Anda a grande maioria dos benfiquistas indignada com tudo isto chegando alguns a advogar a violência, vindo logo outros rebater que se não deve ir por esse caminho. Será medo? Será pudor? Será politicamente correcto? Não sei, mas eu não tenho medo e digo; a única via de salubrificar este pútrido pântano do futebol português é usar da violência porque todos os outros meios não resultam nem resultarão nunca. Como, aliás, é evidente e necessário: quando alguém se sente injustiçado e nada mais lhe resta, torna-se legítimo que use a violência para repor a dignidade.
Doutro modo as lamentações não terão fim e os objectivos traçados e  pretendidos nunca se conseguirão alcançar. Na nossa vida apenas devemos lamentar os erros que cometemos, nunca a injustiça!


domingo, 2 de setembro de 2012

ASSENTAR A POEIRA


    
Quando está mau tempo não podemos dizer que vai um lindo dia, quando chove não podemos afirmar que o sol brilha. Da mesma forma e pelo que se está a passar no Benfica só se pode esperar o pior em termos desportivos. Dir-me-ão que agora o futebol já não tem nada de desporto e eu bem o sei, mas a finalidade dum clube de futebol não é plantar tomates ou nabiças e sim a de conseguir vitórias que lhe dão a glória e estas só se poderão alcançar com os melhores atletas. Estou triste, muito triste e desiludido pelo que está a acontecer no meu Clube. Trabalhei numa grande  Empresa e sei muito bem que para se conseguirem bons resultados se torna fundamental que qualquer delas tenha uma gestão eficiente, como era o caso nesse meu tempo. E gerir bem até nem custa muito desde que haja seriedade e competência. Não sou contra ninguém nem quero atacar seja quem for, mas o que se está a passar no Benfica em termos de gestão desportiva é inacreditável. No entanto, assentada a poeira, vejamos as coisas com frieza.
Se há alguém que ficou desalentado e mesmo furioso com a saída do Javi Garcia, como disse atrás, eu fui um deles. Porque era, na verdade, um jogador excelente, porque  tinha amor ao Clube, porque irradiava simpatia, porque era espanhol e (é uma convicção minha) nestas coisas de futebol os espanhóis têm uma mentalidade muito forte. No entanto, o Javi foi vendido e seria o último jogador do Benfica que eu esperaria que o fosse mas, da maneira como as coisas funcionam neste charco da bola, era um cenário perfeitamente previsível. E aqui permiti-me que faça um pequeno exercício de divagação. Não são situações tão comuns de acontecer como uma venda, mas lá que são tão prováveis como outras quaisquer, devemos convir que sim. Suponhamos que o Javi, seguindo no seu automóvel, tinha por desgraça um acidente e morria, ficava inutilizado ou lhe surgia uma doença que o impedisse de continuar a sua carreira de futebolista; ficava o Benfica sem ele e sem o dinheiro da transferência. Ia, por via disso, cair o Mundo? Num caso destes todos os benfiquistas, mesmo aqueles que parece não o serem pelo que dizem e escrevem, nada poderiam culpar, nem ninguém, apenas lamentar-se, levantar a cabeça, (frase feita hoje muito proferida nos maus momentos), olhar o sol de frente e ir á luta, que a vida não pode parar. Diz a sabedoria que tudo que não há se escusa e também que ninguém é insubstituível como, de facto, não o é. 
Deixai que vos faça aqui uma pequena provocação; pensais que se o grupo criminoso do Freixo, desse, vendesse, alienasse, expulsasse, matasse os seus "maiores idolos”, como o boneco verde ou o tão falado Moutinho, teria havido este dilúvio de lágrimas e ranho como houve em nós, benfiquistas, e que essa sinistra agremiação ficaria abalada ou a carpir mágoas sobre o leite derramado? Qual quê; posso apostar que se no dia seguinte a essa pretensa hecatombe tivessem de fazer um jogo difícil, mesmo jogando com o refugo da casa, no fim do mesmo lá estariam eles a festejar a vitória. Uma coisa, porém, vos posso garantir e nela se resume todo o cerne da questão: com Javi ou sem Javi, com Cardoso ou sem ele, perderemos sempre com os meliantes de Contumil, quer eles joguem com Hulk ou sem Hulk, ganhar-lhes-emos poucas vezes como tem acontecido até aqui e ficaremos em segundo lugar como tem sido costume. A estes factos é que nós devemos dar atenção. Acredito que jogadores como o Javi Garcia são difíceis de encontrar ou de fazer, não tanto assim os Messis, Ronaldos ou Macacos Verdes; basta olhar para o físico deles e concluir que são uma boa demonstração de como funcionam as hormonas, as "amarelas", tal qual os frangos de aviário que já se conseguem criar em dois ou três dias com grande facilidade. 
Por isso, diz-nos o bom senso que devemos aguardar os acontecimentos e se eles se precipitarem no insucesso pela causa apontada, (e tudo parece indicar tal cenário) então sim, será legítimo abrir hostilidades e verberar os culpados. Dir-me-eis com cepticismo; pois é, muito bem falas tu. Não falo, não, pois sei por demais o quanto a mim também me custa aceitar este raciocínio e seguir por este caminho.  


domingo, 19 de agosto de 2012

VENHA OUTRO!




 Não há volta a dar; já pode começar outro campeonato que este está decidido. Desgraçado Clube, cheio de jogadores pagos a peso de ouro e todos craques que no seu próprio estádio não conseguem ganhar a um clube mais que regional e que faz o que pode. E isto já vem de trás. Um clube que há oito anos não ganha o primeiro jogo do campeonato, quer fora quer dentro, quer contra equipas razoáveis quer das piores, um Clube que sofre dois golos logo no primeiro jogo, e do Braga? O empate é ainda mais humilhante porque é o princípio da derrota; preferia esta. Como se pode defender um Clube que não consegue mais que isto?  É um grupo destes que tem pretensões a voos mais altos mesmo na Europa ou sei lá onde?! Pobre gente, sem rumo nem glória. Que pretende o Benfica com atitudes destas? Acredito que os ladrões do Freixo se roubam é por vício porque, na verdade, nem precisariam de roubar. Sinto-me quase convencido de que, afinal, os corruptos e os sardões verdes nunca desceriam a um patamar destes. Vão ver se logo eles perdem ou empatam; é o perdes! 
E dois pontos já lá vão, pontos que nenhuma outra agremiação perderia. Tanto dinheiro gasto para esta desilusão? Isto sim é vergonha, é capitulação, é opróbrio, é maldição, é rendição. Pergunto eu porquê que se entra nestas cavalarias para depois fazer tão tristes figuras? 
Não me chameis nomes mas sinto-me cansado pela desonra, pela indignação e pela zombaria daqueles que eu odeio, porque tal sentimento é o nosso próprio Amor que lho põe nas mãos para nos fustigarem. Somos o riso, a chacota, a comiseração daqueles que não dormem só para nos verem na lama: e nós a enterrarmo-nos sempre e cada vez mais nela. Que vergonha, que miséria, que vileza, que frustração! E pretende o Benfica ganhar o campeonato? Só quem for zarolho, mentecapto ou, no mínimo, brincalhão é que pode largar uma atoarda destas. Nem luta damos! 
Tomai nota do que aqui vos digo e escrevo, sem medo de me enganar, tão previsível se apresenta; se neste ano ficarmos em terceiro lugar já será bom de mais, pois dificilmente ganharemos muitos dos jogos considerados acessíveis e normais, quanto mais aqueles que são, na realidade, de perder. Raio de gente esta que se está nas tintas para a Instituição sem se importar de rebaixar os outros pois, no fim do mês, o dinheiro (e não é pouco) cai certinho. Tenham juízo e vão para a “senhora” que vos pariu! 
Sei que se não deve bater em quem se ama, a menos que se porte mal; e é o caso!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

NUVENS NEGRAS




Desde aquela ignomíniosa vitória do grupo da quadrilha do Freixo no estádio da Luz que eu jurei a mim mesmo nunca mais me enfronhar nestas coisas do futebol deste País, nem do seu desporto em geral. Mas como não me posso isolar num qualquer ermitério e como vai começar a “dança” (como diz o povo) abro aqui uma excepção e vou só dizer umas pequenas coisas que me vão na alma, assim em jeito de uma mais que esperada premonição. Estou a passar uns dias de férias aqui bem perto do ninho da Águia, o magnífico estádio da Luz mas, estranhamente, sinto-me tomado duma modorrenta abulia e manietado por desinteressados pensamentos. Amigos correligionários desta fanática fé, martirizado por leituras díspares e desencontradas dos bloguers benfiquistas, sinto que o desânimo tomou conta dos meus dias porque me é lícito intuir uma revolta surda entre todos, um desnorteamento pernicioso, uma insatisfação duvidosa. Parece que ninguém se entende e todos desatam a ralhar: com razão? Sem razão? A incerteza é latente e prenuncia maus ventos e nuvens muito negras. 
Não aceito, pois, que me chameis de profeta da desgraça nem de ave de mau agoiro com estas minhas considerações porque quase todos nós andamos perturbados e á deriva, como atrás afirmei. Acreditai que gostaria, á semelhança de outros tempos de verdade e de paz que já vivi, de encarar o começo desta nova época com um sorriso aberto. Adivinho muito improvável que tal aconteça.        
    Também porque um facto é certo e contra factos não se podem esgrimir esperanças. Feliz ou infelizmente já cá ando há muito, como se costuma dizer e quando se vê sempre o mesmo filme, quando se observam sempre os mesmos adereços, quando o que a Casa gasta não é susceptível de se alterar, não se podem prever outras conclusões, diferentes das que sempre aconteceram. Nem sequer é possível esperar as grandes euforias baseadas num cenário limpo quando o mesmo se apresenta sempre eivado dos mesmos vícios de todos os anos, destes últimos trinta anos de medo e repulsa. Prevejo que por alturas do tempo costumeiro lá se irão esfumar todos os entusiasmos porventura expectáveis devido a desempenhos até aí brilhantes, lá se irão acabar todas as esperanças, lá irão murchar todos os sorrisos e mesmo todas as certezas. O final do enredo será sempre o mesmo e tudo terminará mais uma vez numa ilusão desgraçada, regressando ás nossas desprevenidas hostes o azedume e a truculência anteriores. A corja do costume, com bons jogadores, com estivadores ou com maltrapilhos, lá ganhará sempre, nunca se atrasará na classificação, lá se postará no poleiro, inamovível, pegajosa como um escarro, conseguindo, duma forma ou doutra, a realização dos seus criminosos intentos. E o ciclo voltará a começar  outra vez de forma imutável como se fosse riscado a papel químico ou exarado nalguma cartilha de pitonisa.  
Por isso, amigos, entendo eu, sinto eu, não valerá de nada ter esperança, ganhar entusiasmo, prever outros resultados. Amanhã vai começar mais uma saga podre, inútil e forjada. Lá vão começar os roubos acintosos e provocantes, os ataques raivosos dos escribas e fariseus, o ranger dos colmilhos da matilha acirrada, a ignomínia da perseguição do que devia ser Justiça, da impune manipulação dos que têm o poder e o usam para seu inconfessável proveito. São sempre os mesmos predadores, caros amigos.
     Assim, a minha fé é muito diluída. O que me espanta é como alguém pode, vezes sem fim, ano após ano, arquitectar sonhos justos quando sabe que eles vão terminar sempre em dolorosos pesadelos. Só me lembro duma figura dos anais da História que se dispôs a prosseguir sempre, sem canseira, no conformado intento duma alucinada e arreigada paixão; era ele Jacob que no desvario da louca afeição á sua pastora, depois de servir sete anos, não se importava de servir outros sete se a vida não fosse tão curta para tão longo amor. Assim o cantou admiravelmente o nosso excelso Poeta. Só que não vejo, não quero nem desejo que os benfiquistas, no ardente e generoso amor ao seu Clube sejam outros Jacobs e estejam dispostos a esperar tanto, até porque os anos bíblicos, sendo muitos, eram bem menos que os já decorridos desta infame e interminável servidão. 
Mas eu não sou assim tão persistente nem estou disposto a servir tanto tempo.




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

OS VERMES


Por motivos de sanidade mental não tenho por costume ver muitos jogos de futebol em canais de televisão portugueses, a não ser por distração ou acaso; foi o que aconteceu hoje quando, por mera acção fortuita, sintonizei, salvo erro a RTP, que nesse momento se preparava para transmitir o encontro de futebol dos jogos olímpicos entre o Brasil e a Nova Zelândia: "… já agora, decidi eu, vou ver um bocado disto pois trata-se, pensei, de um jogo que vai certamente proporcionar comentários "limpos" dos comentadeiros de serviço." Má hora e puro engano! Dali a poucos minutos e no momento em que o Brasil marcou o primeiro golo logo o palrador de serviço, numa incontida euforia e enpolgado como mola comprimida, berrou num êxtase carregado de entusiasmo: "… golo do jogador do FCP, Danilo" e de seguida desbobinou, quiçá para que não ficassem dúvidas, todo o historial da saga desse espantoso atleta nos quadros da Agremiação Corrupta. E ia repisando os pormenores de forma propedêutica para que todo o Orbe percebesse tão inenarráveis façanhas. 
Confesso que me senti maltratado e mesmo violado na minha honra e dignidade de pessoa independente e honesta e pensei cá comigo: como é possível haver gente deste jaez que, como autênticos vermes, exala tão intenso fedor aos mais vomitivos excrementos? O que faz correr estes imbecis ao ponto de exaltarem, vá-se lá saber porquê, tão criminosa, iníqua e miserável Organização? O que pretende essa corja? Qual o motivo que leva esses infelizes a idolatrar e adular caninamente tão perniciosa Estrutura? Quais as vantagens que, sem se compreender, tiram deste seguimento irracional e deprimente? Algum tem de existir, julgo eu, pois não concebo que o culto dedicado a esse Eixo do Mal seja tão cegamente assumido de forma gratuita. São bonifrates sem vergonha possuidores de imaginação tão desmedida que, mesmo a despropósito, procuram sempre trazer á baila o nome da pestilenta pocilga do Freixo, enchendo a boca com espurcas louvaminhas  de adulterados feitos.
Todos esses burgessos que rastejam como repelentes gusanos e cadavéricas larvas pelos meandros de televisões e jornais, sem probidade nem escrúpulos, não se importaria de vender a honra á corrupção e á mentira se alguma vez a tivessem como, mesmo assim, o fazem. Nem os lamento, apenas sinto um profundo nojo por essa desprezível ganga, mais vil ainda que aqueles a quem procura servir. São seres fuliginosos a quem desejo, com a mais lídima sinceridade e sem resquício de falsa contrição, todo o mal que algum dia lhes possa vir a acontecer.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

OS ESCARNINHOS


      Não serve de nada, nem para nada, manifestar qualquer indignação; bem o sei. Mas não me posso calar. Já estava bom de ver pela aragem que dela ia soprando que a UEFA era uma Organização torcionária, prepotente e corrupta. E confirmou essas suspeitas quando nomeou um árbitro do calibre do Proença para a final da Taça dos Campeões. Foi uma provocação aos seguidores e sócios de um Clube como o Benfica. Poderão objectar que são adeptos e simpatizantes de um Clube como outro qualquer. Não é bem assim! O Benfica, pelo que representa e significa para o povo português, pelo seu passado, pela sua implantação no seio desse Povo, merecia ser mais respeitado. Escolher agora, ainda por cima, o mesmo ladrão para arbitrar a final do campeonato da Europa, já se transforma num enxovalho e numa humilhação para as mesmas pessoas. Porque, admitindo que esse miserável é profissionalmente idóneo e justifica a tal deferência pelo seu mérito, facilmente se conclui que as actuações dele no campeonato português não são provenientes de possíveis erros mas sim de propósitos deliberados, conscientes e encomendados por Associações de malfeitores. O que esta Entidade faz com tal atitude, seria semelhante ao imaginário evento de, nesse tempo, as Nações Unidas elegerem o Hitler para seu Secretário Geral. Pelos mesmos ignóbeis motivos: um achincalho aos Judeus os quais, na proporção do Mundo, não seriam assim tantos como os benfiquistas são na de Portugal. 
      Decididamente, a iniquidade instalou-se, sem qualquer embaraço ou constrangimento, nas sociedades contemporâneas! Parafraseando o Sr. Filipe Vieira: "… um ladrão não deixa de ser ladrão por enganar o Papa ou por recitar poesia". Pois não, o que é verdade e a que me apetece acrescentar: um criminoso não deixa de o ser por frequentar os mais sagrados Templos, lugares como Assembleias de Nações ou outros Areópagos semelhantes, por mais nobres, impolutos ou respeitáveis que possam ser.

domingo, 13 de maio de 2012

OS QUE COSPEM NO PRATO


Claro que são opiniões e, dizem com grande ênfase, qualquer um pode emitir a sua com todo o direito. Não me custa admitir que assim seja. Contudo, existe um ponto com o qual eu não posso concordar nem nunca seria capaz de proferir, para mais sabendo que é uma nojenta mentira. Reconhecer vitórias forjadas e extorquidas por métodos torcionários e reconhecer algum mérito em cometimentos levados a cabo com auxílio de processos criminosos. 
Estou a escrever isto porque não me posso calar, tanta a repulsa e o vitupério que me invadiram quando há pouco e num programa da nojenta TVI, pude ouvir a resposta de um considerado "senhor", tido quase como um símbolo do Benfica, quando lhe perguntaram se achava que a vitória dos criminosos do Freixo neste campeonato tinha sido justa. Sem titubear, possivelmente pretendendo não ferir susceptibilidades, deu a sentença; "…é sempre justa a vitória de quem ganha e esta não fugiu á regra"; a ideia e a mensagem foi esta. 
Que digam tais suinadas os prosélitos e admiradores das fraudes e da corrupção, muito embora seja de verberar, vá que não vá, agora, que tais desconchavos sejam proferidos, sem se descortinar sequer uma intenção válida, por gente que era suposto pertencer á nossa crença e fazer parte da nossa fé de benfiquistas, não posso aceitar e repugna-me ouvi-lo da boca seja de quem for. Sabeis de quem falo: trata-se do "senhor" dito Toni, esse mesmo. Poderão apelidar-me de mentecapto e inconveniente por tomar esta minha atitude pretendendo ver nela o ataque a uma "impoluta" figura do Benfica, estimada e considerada como tal. Para mim, nem que fosse uma divindade, nem que fosse um familiar chegado! Escutar um dos nossos a dizer uma baboseira daquelas referida a um grupo inimigo e que tanto mal procurou infligir, de modo odioso e gratuito, a alguém que nós dizemos amar, é uma blasfémia e um insulto. Venha ele de quem vier, seja ele quem seja.  Torna-se ainda mais repulsivo por partir de alguém que pretende ser da nossa casa e que come do mesmo prato e na mesma mesa. Alguém toleraria que se cuspisse nele sem uma vigorosa reacção de censura ou indignação? Pode haver quem o faça, eu não, nem nunca tolerarei uma atitude dessas e, por isso,  aqui apareço a reagir. 
A História está cheia de actos dessa natureza, condenados e desprezados mesmo por aqueles a quem, aparentemente, aproveitam. Poderia citar uns quantos, mas por demais relevantes, exemplificarei apenas os dois mais conhecidos: "… Roma não paga a traidores" e "… tu quoque, Brutus, fili mi - também tu Bruto, meu filho?", pois expressam de forma eloquente a ignomínia resultante de tais gestos.
Não podemos, mesmo sendo verdade, atraiçoar aqueles que dizemos amar!

sábado, 3 de março de 2012

ANTES A MORTE QUE A MÁ SORTE

Foi a derrocada final. Só quem estivesse de má-fé ou não quisesse ver é que poderia contar com outro desfecho que não fosse este  que aconteceu. Um desenlace surrealista e humilhante que nada pode desculpar nem apagar. Senhores, este jogo de ontem era para ter sido ganho de qualquer forma; a pontapé, á cabeçada, á chapada, ao soco, ao murro, á paulada, a tiro ou á bomba, mesmo que necessário fosse. Porque aqueles com quem jogamos não são adversários a quem se possa facilitar nem encarar com sobranceria e que se alicerçam num profundo ódio para nos derrotar e nós devíamos tê-los  tratado  do mesmo modo retribuindo-lhes e usando um ódio ainda mais violento para os combater. 
Isto não é glória nem grandeza; isto é miséria, é capitulação, é a aceitação da escravatura daqueles a quem não conseguimos derrotar de maneira civilizada. O Benfica é um clube falhado, perdedor nato, conformado e amorfo. Tirai-me deste filme trágico que já está gasto e delido de tanto passar. Como pode  então alguém com dignidade amar, seguir ou ser sócio de uma Instituição que só oferece em troca derrotas humilhantes? Dizem p'raí que fomos espoliados, mas que fazem então os responsáveis para denunciar tais atropelos? Alinhei nesse discurso mas reconheço que ele não tem  consistência.
Aparecem agora os derrotados a apelar á piedosa panaceia de que devemos levantar a cabeça e outras atoardas inúteis. Como pode um Clube que se proclama grandioso levantar uma cerviz profundamente vergada pela humilhação e cobardia? Um clube que em 30 anos apenas conseguiu ganhar meia dúzia de campeonatos? Que ainda temos algumas hipóteses pois esses bandalhos terão de jogar em Braga, na Madeira, etc. e tal. Mas estão a fazer  humor negro? Todos sabem muito bem que eles vão pulverizar o Braga, vão desbaratar o Marítimo e todos os que lhe surgirem pela frente. A fatalidade foi deixá-los chegar ao poleiro.
Quem participa em jogos viciados e anda nos circuitos da corrupção, embora de boa-fé e pretendendo fazê-lo de forma séria, não pode fugir á indignidade. Deveria então o Benfica sair e abandonar estas competições? Pessoalmente creio que sim. Mais valia competir com atletas da nossa formação, muito mais baratos e genuínos, em provas secundárias e menos atreitas ao vício da falcatrua. Acabe-se com este estado de coisas. Tenho até muitas dúvidas se qualquer competição na qual não participasse o Benfica teria condições para se aguentar economicamente. 
Depois do que ocorreu ontem que interessa agora tudo o mais? Pensar na Taça dos Campeões? Haja juízo: poderemos até eliminar os russos, mas não se passará disso mesmo. A Taça da Liga? Haja decoro! Sinto-me insultado só de pensar que, com um plantel destes, nos sintamos realizados e satisfeitos  com um troféu de pechisbeque, como consolação atribuída por um Deus menor.
Má sorte a nossa. Diz o povo na sua infinita sabedoria, o mesmo povo donde eu saí e com o qual sempre me identifiquei que "mais vale chorar a morte que a má sorte." Grande verdade que traduz aquela dignidade que todos deveríamos possuir.
Por isso eu, hoje mesmo, já pedi ao Benfica para anular o meu cartão de sócio. Podia ser uma contribuição muito pequena da minha parte, mas também não trazia qualquer dispêndio ao Clube. Podê-la-ão considerar uma atitude muito radical, muito irracional e destemperada, mas ela é liminarmente lógica. Atingi a saturação pelas vergonhas e humilhações a que fui sujeito em tão longos anos, um doloroso cansaço e quero esquecer todas as aleivosias e mentiras, esquecer uma Entidade que amei desde que nasci e que já não existe, quero fugir de toda a vileza para assegurar certa paz e uma tranquila sanidade mental. Futebol nunca mais, blogues desportivos nunca mais, Benfica nunca mais. Não sinto qualquer ódio ao Clube que amei durante tantos anos, isso sim, apenas me invade um ódio imenso aos autores de toda a indignidade instalada. Na verdade, um ódio imenso só é possível de queimar os corações daqueles que amaram infinitamente. O Amor é belo, é grandioso, é sublime e cheio de delícia; mas o ódio é muito mais augusto e grande, muito mais transcendente porque é infernal e mais se amolda á satânica alma dum vingador. Amor, ódio e vingança são, na sua essência, uma e a mesma coisa, somente vistos por diferentes prismas e ao passo que o Amor traz consigo o perdão das mais vis e tremendas ofensas o ódio, ponto culminante onde acaba um delirante sentimento de paixão, gera a vingança. O perdão é apanágio das almas nobres e porque o não será também a vingança? Se o perdão deixa transparecer bondade e misericórdia, a vingança denota heroísmo e Justiça.
E serei irredutível na minha decisão! Benfica, nunca mais, humilhação nunca mais! 



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

SEM MARGEM PARA ERROS

Fui e sou daqueles que verberei contundentemente o Benfica nesta presente conjuntura porém, neste momento, mais calmo e com outra reflexão, reconheço um certo exagero e injustiça da minha parte porque agi num momento quente. Desta forma e sem pretender justificar a minha atitude vou procurar fazer uma análise fria da verdadeira realidade. 
Agora falando mais a sério. Todos os seres humanos, quer de forma pessoal quer no exercício das suas actividades, quer na gestão dos seus empreendimentos, nunca atingem a perfeição absoluta pois em muitas ocasiões, por diversas  razões e motivos vários, de que não podemos abstrair a própria condição humana, cometem erros e falhas muitas vezes das mais graves, algumas até com o cunho de irreparáveis. Como diz a sabedoria popular, ninguém é perfeito! 
Em competição. para se ter êxito no meio de todas estas naturais imperfeições, teremos de jogar com as próprias deficiências daqueles com quem competimos esforçando-nos por cometer o menor número de erros em relação ao adversário. Assim, se errarmos em certos momentos, restar-nos-á sempre uma possível margem de manobra para podermos recuperar e corrigir o falhanço, que consiste  em esperar que os outros errem de igual forma noutras ocasiões. Essa é mesmo uma das principais características do futebol; saber gerir os nossos percalços procurando ser mais regular que os outros contendores. Este devia ser o cenário normal onde todos os peões se movimentariam com honestidade, de forma séria e leal. 
Para colmatar as deficiências previstas é que se investem numerosos fundos na contratação de bons atletas, os melhores e mais capazes, é que se contratam os melhores treinadores, é que se procuram os meios necessários que irão mais tarde permitir ultrapassar possíveis e inevitáveis falhanços.
Mas então que acontece e porquê que as coisas não se passam dessa forma? Todos sabemos que, há mais de trinta anos, há no futebol português uma completa subversão destas regras fundamentais por parte de um Clube sem moral que, por fugir á Lei, tem deitado mão duma imensidão de meios fraudulentos, sobejamente conhecidos, que ou os põe a salvo de qualquer mau êxito ou, acontecendo este, lhes garante uma margem segura para reparação do erro cometido. Nem era preciso dizê-lo pois toda a gente sabe que se trata  do Clube corrupto de Contumil e da quadrilha, curiosamente ainda a mesma, que o vai conduzindo pelos retorcidos caminhos da indignidade e do crime. É só esta Agremiação a única que tem mantido tudo dominado e oprimido, da forma que mais lhe apraz e como muito bem lhe apetece. E fazem-o já tão á descarada e com um à-vontade tão gritante como se fosse um direito que lhes assiste ou como donos de um estatuto próprio. Claro que para branqueamento dessa rapina sistemática e para o escândalo não ser tão indecoroso, em cada cinco anos lá permitem que um dos outros intervenientes na contenda, de preferência os alinhados e submissos, só a contra-gosto o Benfica, ganhem um título e no fim lhes agradeçam a magnanimidade.
Pelo exposto, posso então agora afirmar que o Benfica entra todos os anos na competição sem a mais ligeira margem de erro porque, se falhar, sofrerá as consequências de forma irreversível, sem a mínima hipótese de recuperação. Porque se errar lá estará o tal Clube emboscado na trapaça para usufruir do seu falhanço. Não porque invista mais ou lhe advenha a superioridade de um mérito próprio, mas porque conseguem manter-se sempre á espreita. O que se passou em apenas estes dois recentes jogos é bem o exemplo do que explano. Os malfeitores do Freixo levavam cinco pontos de atraso do Benfica mas julgam que eles andavam perturbados com isso? Claro que não, pois já sabiam a fórmula própria para ultrapassar tal desaire. Por isso as palavras do nosso treinador quanto ao desfecho do jogo de sexta-feira só são verdadeiras em relação a uma das partes que, torna-se evidente, é o nosso Clube. 
Em jeito de conclusão e enquanto as coisas não mudarem de maneira radical para uma situação de salutar competição desportiva, com a lisura de regras iguais para todos, cumprimento da lei, sem o constante clima de guerrilha provocatória, com uma justiça digna e verdadeira, é mais que certo que o Benfica a muito custo ganhará qualquer campeonato neste País; mesmo que se esvaia em inúteis sangrias financeiras contratando atletas de eleição, mesmo que pratique um futebol de outra galáxia, mesmo que seja uma Instituição de incomensurável grandeza, como o é pela sua história, porque isso não bastará nem evitará os dias menos conseguidos.
Houve campeonatos no passado em que o Benfica, nesse tempo possuidor de grandes equipas, chegou a levar sete pontos de atraso do primeiro classificado e, mesmo assim, recuperou muitas vezes e veio a ser campeão. Porque isso, então, era possível mas agora não o é. O Benfica não pode falhar porque lhe não é permitido e tem de ser perfeito até ao fim, o que é impossível. 
Esta é a verdade!


domingo, 26 de fevereiro de 2012

TRISTE FADÁRIO

Ora aí está; bastou um pequeno sopro de contrariedade num jogo enregelante para tudo se desmoronar como um  frágil castelo de cartas, para as ditas exibições até aí produzidas se desvalorizarem até á categoria de lixo, como agora se classifica nos mercados da economia, para a euforia desmedida e infundada vir a dar lugar á abulia e ao conformismo. Não retiro uma vírgula do que escrevi no meu tópico anterior porque só quem não anda por cá ao tempo que eu já ando é que não entende, não viu ou não quis ver a mensagem que toda a situação claramente indicava. E temo, digo mal, tenho a convicção de que se nada se alterar profundamente na sexta-feira próxima, sofreremos as iguais e mesmíssimas humilhações que ocorreram no passado campeonato. 
Não venham para aqui indignar-se comigo por eu pensar desta forma, nem armar-se em valentes, ah e tal, nada está perdido, no próximo jogo os jogadores vão dar tudo por tudo, como garantiu o José Augusto hoje na BTV e outros estereótipos usados nestas alturas, porque são conversas de derrotados, sem sentido e que nada resolvem. O que eu quero é que se consigam os objectivos que pretendemos, sem deixar correr ou esperar que os resultados caiam do céu. Porque eu não posso conceber nem aceitar que uma equipa como a do Benfica que até há quinze dias tinha mostrado uma superioridade tão vincada nas suas actuações venha, em poucos dias, a perder cinco pontos em dois jogos e, ainda por cima, contra equipas absolutamente acessíveis e até mesmo fracas, uma delas com a desmotivação de ter salários em atraso. Suponho que nem os lagartos cometeriam tal proeza. E não sinto repugnância alguma em bater nos "artistas" que ganham principescamente e não conseguem superar adversários com muitas mais limitações. Porque quem sofre sou eu e muitos como eu, pode ser um padecimento irracional mas é desgraçadamente verdadeiro. 
E, desta vez, torna-se ainda mais doloroso porque se ofereceram miseravelmente e de mão beijada todas as ambições porque lutamos a um inimigo que nada fez para atingir o êxito que perseguimos e se limitou a esperar com a certeza dum predador á espreita. E vai ser verdadeiramente um escândalo vir a constatar como o nosso Clube vai perder um campeonato para esse inimigo que, diga-se o que se disser está, presentemente, muitos furos abaixo do nosso (pelo menos aparente) valor, ainda por cima orientado por um treinador que chega a roçar a anedota.
Não entendo o que se passa na nossa Instituição, não entendo o triste fado que todos os anos, já lá vão mais de trinta, nos persegue, não entendo a capitulação repetitiva que nos amarfanha o ânimo quando percebemos o céu tão perto e quando sentimos já a glória e os aplausos da chegada á meta.
Perder cinco pontos em 2 jogos e sem marcar um golo sequer? É dum surrealismo atroz e para o qual não adianta chorar porque é leite derramado. Nem aceito palmadinhas de conforto, nem de falsos lenitivos de melhores dias porque tais expressões tresandam a hipocrisia, transmitem falsas esperanças, denotam piedosa misericórdia e fazem parte do vocabulário e do léxico dos perdedores. Se com as condições que ainda temos viermos a perder este campeonato como, sinceramente e realisticamente acredito, fico angustiosamente a perguntar; então quando ganharemos outro?
Triste fadário!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

FALTA DE ESTOFO

"Consumatum est"! E aí está a primeira derrota do Benfica no presente campeonato; desnecessária, escusada, inglória; e onde ela se devia ter dado, vejam lá!
Saí esta semana e não levei comigo o meu PC porque, em certos hotéis, são uns exploradores pois chegam a levar 3 a 5 euros por uma hora de wi-fi. Ora, como depois do que se passou em Guimarães eu não posso ficar calado e tenho de postar, vejo-me obrigado a usar o meu iPhone para suprir aquela falta. Dá mais trabalho, leva mais tempo e é menos funcional; mas serve.
    Voltando á questão principal, convenhamos que uma equipa que seja ou tenha a pretensão de ser uma equipa de topo, que joga na Liga dos Campeões e que tem um plantel de grande qualidade pago a peso de ouro não pode, de forma alguma e num jogo de crucial importância, perder com um Guimarães qualquer, numa circunstância qualquer e seja lá em que terreno for. Tal facto e da forma como sucedeu, só denota falta de classe e falência de categoria. Dizem que se tornava necessário vencer o Xistra, também o julgo, mas para isso era preciso e acima de tudo vencer em primeiro lugar o clube local, o Vitória. 
Correu mal, era certo e sabido e eu tinha mesmo um mau palpite. Está visto que o Benfica não tem estatura de grande equipa e, sem pessimismos estéreis, creio que este campeonato, malogradamente, já foi. Claro que, em relação a todas as outras equipas, uma derrota destas não passaria de um "fait-divers" porque para todas elas chegaria o Benfica muito bem, porém, não nos podemos esquecer que existe uma delas, a dos suínos de Contumil que, por ser uma organização batoteira, se aproveita e usa a deslealdade para competir. Para esta é que nem o Benfica nem nenhum outro Clube podem chegar e, desta forma, os meliantes do Freixo escusam de se esforçar muito pois para eles tudo é caminho-chão e caem-lhe os objectivos do céu. Tornar-se-ia necessária uma distância considerável de pontos na tabela classificativa para os afastar, tantos e tão eficazes são os recursos de que podem deitar mão.
É um sacrilégio o que vou dizer, sobretudo para mim que abomino de forma radical e feroz essa Besta maligna, e em princípio nenhum poderá ser tomado como um elogio, mas eles, com o razoável plantel que têm e mesmo com o arremedo de treinador que os orienta, nunca perderiam um jogo destes. Diz a Escritura que os filhos das Trevas são mais espertos e audazes que, ad litteram, os filhos da Luz o que, nesta conjuntura, é uma pura verdade. Será por determinação, será por virtude, será por ódio ou orgulho? Sei lá, mesmo que seja por incentivo do lado negro de toda a Força que nos move. Ora o lado bom dessa Força, apesar de odiar e combater todos os representantes do Mal deve, por sua vez, aprender com o inimigo tudo aquilo que possa ser aproveitado de maneira construtiva e só por isso é que eu o citei. Reconheço, contrafeito, que essa gente usa uma  intrínseca tenacidade e não claudica nas ocasiões fundamentais. Poderá custar admiti-lo mas é um facto indesmentível.
Não pretendo e lamento mesmo estar a ser ave de mau agoiro, nem mo leveis a mal, mas parece evidente ser curial que se diga adeus a este campeonato pois estou em crer que será o corolário lógico da falta de competência demonstrada pelo nosso Clube nas horas decisivas em que se pode escrever história. Temo pelas sequelas negativas que possam advir desta derrota em Guimarães; que se baixe a guarda e se enverede pelo caminho do desalento, da fatalidade que nos conduza de vexame em vexame até á humilhação final, á semelhança do que aconteceu não vai ainda tanto tempo assim e se encontra dolorosamente fresco na memória de todos os benfiquistas a queimar como ferrrete de vergonha e nos leve a morrer fatalmente na praia. Desânimo para todos, é suposto, nunca nos responsáveis: porque nós somos filhos da Luz.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

INCONVENIÊNCIA



Muito embora nem sempre se consiga andar na vida de forma perfeita devemos, no entanto, procurar agir nesse sentido. Ora, como eu gosto de ser coerente com tudo aquiio que digo e procuro fazer, aqui estou a tentar seguir esta linha de comportamento. Escrevi, neste espaço e há tempos atrás, o meu desagrado e mesmo indignação pela entrevista que o corrupto do Freixo foi dar (ou lhe pediram para dar) a uma televisão pública, sentimentos esses que mantenho no mesmo grau de intensidade. 
Assim sendo e muito embora não se possam comparar as atitudes e circunstâncias de um e de outro personagem, mesmo assim e por uma questão de coerência, venho dizer que não me agrada nada que o Presidente do Benfica, Sr. Luis Filipe Vieira, venha agora a tornar-se também num habitué destas andanças e  com isso se venha a concluir que possa  estar a seguir na esteira do mafioso de Contumil. 
Entendo que o Sr. Vieira devia fugir desses holofotes que o podem expor com mais visibilidade e desnecessariamente a críticas verrinosas e mal formuladas, dando aso a que as mentes distorcidas dos seus inimigos ataquem gratuitamente o nosso Clube. Se fosse na nossa Televisão, tudo bem.
Com a propensão de vitória que o Benfica está a seguir, devia deixar-se toda a escumalha ressabiada a falar sozinha e não se lhes oferecer a lenha com que nos poderão queimar. É o que penso, ainda mais quando se ouve dizer que, quase sempre, os que menos falam são os que fazem obra!
Acho mal e extemporânea esta entrevista, mesmo que ela venha a ser um sucesso!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ADVOGADO DO DIABO

Sabem o que é um advogado do diabo? Quando é iniciado pela santa Sé o processo de canonização de um santo e como em qualquer processo judicial ou similar dele fazem sempre parte, no mínimo, dois  advogados, um para cada litigante. Neste caso do processo canónico que, grosso modo, opõe em juízo Deus e o diabo, os cardeais advogados apostam, como é bom de concluir, em estar ao serviço de cada um dos lados. E se o de Deus se preocupa em descobrir, através das acções da vida do proposto santo, as grandes virtudes e as mais numerosas boas obras, já o do diabo corre em sentido oposto tentando pôr a descoberto os vícios e defeitos do futuro beatificado. 
No Benfica existem não um, mas centenas, mesmo milhares de advogados que nele só vêm virtudes e glórias: os seus simpatizantes e sócios. E estes tudo levam em conta de esplendor e magnificência, tudo assumem como coisas maravilhosas, consideram o Clube como invencível, tecem elogios, desbocam bravatas, caminham só em função de refulgente luz como se não houvesse sombras ou pontos escuros. Destes advogados está, pois, o Benfica bem servido. 
E, aqui chegado, estou então a pedir-vos compreensão para o facto de eu vestir a toga e me assumir como advogado do diabo naquilo que concerne ao actual momento do Benfica: as suas virtudes e trunfos, a sua organização, o seu plantel, a sua equipa de futebol, o seu bom fio de jogo. Tudo isso representa, no presente, motivo e força da grandeza do nosso Clube. É certo; porém, e já na interpretação desse odioso papel, atrevo-me a dizer-vos que tudo isso não basta, porque também existem os seus pontos fracos que muito poucos abordam; certa sobranceria, adormecimentos imprevistos, dias pouco conseguidos, como é normal em tudo que acontece na vida. E destes defeitos ou fraquezas é que os nossos inimigos deitam mão e se aproveitam para nos derrubar. Vem aí o Feirense e depois outros se seguirão e todos eles se irão comportar contra nós como se fossem equipas determinadas e poderosas, mesmo que não passem de equipas banais  orientadas por treinadores de vão de escada que nesse interim apresentam tácticas e argumentos que resultam sempre e que mal poderemos ultrapassar. É expectável que assim seja só que, contra os meliantes do Freixo, abrem alas e estendem passadeiras de submissão e vassalagem. Esta situação torna-se num evidente defeito da nossa parte. Outra faceta que muito me desagrada e me deixa exasperado é ouvir e ler certos ditos e frases, tais como; "…ninguém nos para, vamos rumo ao 33º., lá estaremos no Marquês…" e outras que tais. Considero essas expressões perniciosas e sem dúvida também uma grande imperfeição das nossas hostes. Como se tal, bastasse para nos colocar na sagração do Olimpo! Mas cuidado! Mesmo com toda a pujança dos nossos recursos e superiores capacidades, estaremos sempre vulneráveis aos ataques e tramóias, a toda a malvadez e ódio daqueles que são os verdadeiros sequazes e representantes de Satanás no desporto português, pontificados maquiavelicamente por um ranhoso e fanático "papa" do Orco, acolitado pelos seus cães cerberos e por legiões de autênticos espíritos malignos: estruturas oficiais, imprensa, arbitragens, capatazes infiltrados em todos os cantos onde o desporto se regula e que lhes garantem a certeza de gratuita e segura invencibilidade. Contra tais condicionalismos o Benfica, de facto, nada pode, tornando-se sobremaneira exposto ao mais ínfimo ataque. Desta forma e ainda na função de advogado do diabo, em jeito de parar a fervura de perniciosos entusiasmos, quero repetir: amigos, esquecei a alegria do triunfo na chegada á meta, esquecei o 33º., esquecei a glória no Marquês e entregai-vos ao conformismo da desilusão porque nada disso vai, desgraçadamente, acontecer ao Benfica. 
   Claro que expressei unicamente alegações que são minhas e me pareceram oportunas nesta conjuntura mas, tal como no processo eclesiástico de canonização, o advogado que representa e age por conta do chifrudo apenas o faz por profissionalismo e o que ele, bem no seu íntimo, deseja é que o santo seja posto nos altares; porque é um servo de Deus e só quer a sua glória. Assim também eu; se   exprimi o que me ia na alma e se estou aqui a fazer o papel dos nossos inimigos é só para um alerta e uma chamada de atenção para as inúmeras minas e armadilhas que se escondem em todos os meandros deste campeonato, contudo, porque sou sócio do Benfica e sou seguidor da sua fé, desejo ardentemente o que todos desejam e espero, como não pode deixar de ser, que a glorificação final do nosso Clube se venha a concretizar.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

POUCA VERGONHA!


Pois meus amigos, aqui estou eu a entrar em mais um ano que, segundo dizem e não tenho razões para duvidar, vai ser mesmo um ano temeroso, por todos os motivos menos um. E este menos um será, como espero e se antevê, o de o nosso Benfica vir a ser campeão. Permiti, no entanto, que formule certas dúvidas em tal desiderato pois, pelo que vejo e que hoje me traz aqui, não vai ser nada fácil. E é o caso que, pelos vistos e segundo está anunciado, o Costa flatulento e corrupto, cidadão asqueroso e mentor de um negro rosário de tropelias, vai ser hoje entrevistado uma vez mais pela indecorosa estação da SIC. É de bradar aos céus! É uma vergonha que um biltre desse jaez seja bajulado tão despudoradamente por Organizações que deveriam primar por valores da decência e da ética. Parece que para tal gente os merecedores de todo o respeito e deferência são precisamente os criminosos e todos aqueles que praticam os mais soezes  comportamentos. É evidente que, por uma questão de sanidade mental, eu não irei sequer dar a minha atenção a tal facto - mal seria - pois antevejo o chorrilho de patacoadas e desatinos que irão sair daquela boca fétida e de tão retorcida mente, como se fosse da torneira de um esgoto. Não sei - nem me interessa - quem vai fazer o serviço de dar corda a esse truão, mas será curial reparar na forma deprimente e abjecta como tal encarregado serviçal se irá curvar perante tão sórdida criatura. Quem vir, me dirá; será, com certeza, vomitivo. 
Estamos, na verdade, num mundo sem vergonha e sem princípios, semelhante a movediço lodeiro, o que me deixa perplexo, revoltado e cheio de nojo. Ainda por cima sendo na SIC, organismo altamente imbuído dum ódio vesgo e desarrazoado ao Benfica, canal onde proliferam energúmenos fanáticos como os que ontem comentaram as incidências do jogo em Guimarães. Trata-se da mais provocatória pouca vergonha. O que fará correr esta gentalha?
Quando apenas os criminosos e os patifes de baixa formação moral são a massa procurada e desejada para encher certas audiências, por maioria de razão deveria ser meu direito exigir que também me convidassem a expor os meus conceitos, com a mesma frequência, pois poderia garantir muito mais  interesse e maior elevação. 
Entretanto e nada podendo fazer para remediar tais infâmias, apenas me resta manifestar profunda indignação e acerbo desprezo por tais atropelos e abjurar estas acções deletérias, considerando-as como um insulto e uma ofensa a todas as pessoas com boa formação de carácter.
Que lhes aproveite o vomitório!