segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A FÁBULA TRISTE DUM TRISTE LEÃO

Não costumo falar de outros clubes, a menos que haja razões que o justifiquem. Por isso, no campeonato português, poderei comentar factos de apenas dois deles, os Corruptos e os Sardões verdes; querereis, suponho, saber de tais razões. Elas são por demais evidentes; no que toca aos meliantes do Freixo entendo que é uma agremiação de tal forma torcionária que provoca carradas de razões para todo o tipo de falatórios e, quanto aos pobres lagartos são outros dos que geram as mais diversas vozearias através de sentimentos os mais díspares e antagónicos; de compaixão uns, de indignação outros, de descaramento alguns e que suscitam as mais diversas contestações. 
Ora hoje, eu vou tecer alguns considerandos sobre o Sporting que não são mais do que uma singela opinião minha e, creio,  de muitas outras pessoas.
Eu sou do tempo em que o Sporting era um Clube importante e digno, honrado e correcto rival do Benfica, por quem eu tive respeito. Porém, desde que a figura sinistra e tenebrosa do seu presidente José Roquete lucubrou certa noite jogar o nosso Clube para o caixote do lixo da História, quiçá mesmo apagá-lo de modo definitivo, esta Instituição mergulhou num limbo de ignomínia, por força de tão vil, inútil e cobarde acção. E para o descalabro ser o mais funesto e desastroso, muito contribuiu a espúria e malfadada aliança com outro ser abjecto e maquiavélico que, era bom de concluir, nunca lhe concederia nem cederia qualquer importante benefício mas apenas miseráveis e pobres migalhas de um opíparo, inquinado e permanente banquete. E não é que o Sporting, iludido por tão traiçoeira sereia, aceitou de bom grado essa deletéria subalternização no opróbrio da curvatura da sua coluna vertebral? Qualquer cidadão sensato se interrogará como foi possível que uma Instituição daquela grandeza, algumas vezes no passado mesmo a primeira no futebol português, tivesse vergado a cerviz a uma agremiação insignificante e mesquinha que sempre lhe fora inferior e sem outra projecção de relevo até então a não ser a da tramóia e a da batota!? 
E, como era de prever e se tornou evidente, o outrora nobre, orgulhoso e velho leão, mergulhou numa irreversível e atroz decadência, submisso e manso, e vem comendo o pão que o diabo amassou, berrando culpas e maldizendo desde esse profundo báratro, estranhamente e sem nexo, contra o seu leal e antigo rival, esconjurado como causa única de todas as suas míseras e frustrantes desgraças. Nunca essa gente, cega pela inveja e pelo ódio, anteviu ou considerou sequer que a razão de todo esse declínio era exclusivamente dela própria procurando, dessa forma, arrepiar caminho e exorcizar os demónios a quem  tinha, erradamente, vendido a alma e a dignidade. Nunca apoiaram o Benfica na sua árdua luta pela moralização do futebol português, pela verdade da competição, pela transparência na aplicação das suas regras, tendo-se calado sempre, até perante as mais irrefutáveis evidências e, o que é pior, dando sempre razão a quem nitidamente se servia deles. Foram - e ainda são - humilhados e trucidados por esses falsos amigos, perderam o decoro e a honra e vêm-se arrastando tristemente pelos caminhos de uma solitária amargura.
E então eu pergunto: por que corre o Sporting? Nem eu nem ninguém pode ao menos sentir qualquer pena deles pois estão a colher aquilo que semearam; a adulação, a iniquidade, a capitulação pura e simples. Poderei não sentir regozijo pela situação deles, mas também não tenho qualquer dó ou pesar, somente tranquila indiferença. Lá com eles e que se desenvencilhem do nó onde se deixaram apertar. 
Ena! Agora reparo: parece-me que estou a agir como um velhaco tartufo porque a verdade é que, bem dentro de mim, sinto um irreprimível gozo com todas as desgraças do sardão verde, sim, porque há sardões vermelhos. Vermelhos? Deixa-me bater na madeira: cruzes, canhoto! Lagarto, lagarto!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ELES HÃO-DE CAIR

É certo e sabido; eles hão-de cair, hão-de sumir-se na ignomínia pois nada neles é verdadeiro, cheira a trafulhice e a mentira. Exibem com despudor a ousadia e a arrogância dos néscios, são cobardes e tratam com desprezo os seus parceiros, enchem o peito de orgulho bacoco e proferem alarvidades, julgam-se os maiores da Terra por se sentirem impunes dentro deste País de opereta pensando que lá fora a situação se processará da mesma forma. 
Ulularam aos quatro ventos que não iam ver o Barcelona a jogar e que estariam lá para discutir o resultado taco a taco e de olhos nos olhos com tão poderoso adversário mas, pelo que se viu, não só foram lidados como mostraram a podridão de que são feitos. Se bem entendo, acho que não puderam utilizar o tão necessário doping, um dos muitos meios de que deitam mão para triunfar no futebol português. E anda um grupo destes trapaceiros a competir de forma indigna com os demais Clubes dignos! Como é que isso lhes é permitido?
Muito por acaso e sem intenção, ouvi ontem num programa televisivo um qualquer coisa Fidalgo, abanando nitidamente a cauda como um podengo amestrado, a tecer louvaminhas ao clube do Freixo, debitando sandices nojentas, tais como:
- o Barcelona que se cuide pois se há equipa capaz de lhe bater o pé, essa será a do FCP…
rematando de forma bajouja e pesarosa que a sorte do Clube catalão era a de que o pássaro Falcao já não jogaria nessa partida.
Sinto um desprezo absoluto por tudo o que é considerado como “imprensa”, quer falada, quer escrita e por todos os títeres e mentecaptos que nela proliferam como bicharada nojenta e repulsiva. Porque não são sérios, são gente cheia de um ódio vesgo, doentio  e sem qualquer motivo ou razão. Agem como verdadeiros cães de fila dos seus donos, sem um laivo de consciência ou dignidade. São indivíduos sem ética e sem moral. Além desse desprezo que sinto por toda essa corja, abomino-os sobremaneira e para mim não passam de lixo pestilento. 
Provavelmente não será já no meu tempo, mas antevejo que toda essa abjecta Canalha que faz parte da Organização da Mafia do futebol do Porto e toda a escumalha que a apoia e bajula há-de cair um dia, há-de dissolver-se na lama da sua própria vergonha, há-de sumir-se nas profundezas das trevas em que se movimenta como fauna traiçoeira e peçonhenta, deixando apenas a memória dum tétrico pesadelo.
Eles hão cair!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PALAVRAS PARA QUÊ?


Fala-se muito por aí, falam os benfiquistas, falam os sardões verdes, falam os seguidores andrades, falam as televisões, as rádios, escrevem os jornais, falam todos, discutem, barafustam, dão sentenças, arrotam leis e que dizem todos pelo facto de o Benfica nunca ganhar nada, campeonato após campeonato? Ora, o alarido é sempre o mesmo:
— Os benfiquistas que tenham vergonha, que se deixem de lamúrias, que joguem á bola e não se queixem dos árbitros.
Concordo que até possa ser verdade - e nalgumas circunstâncias até o é - mas todo esse palavreado seria admissível e legítimo se não mascarasse a transparência da competição. Infelizmente existe uma incontornável certeza: o jogo está viciado e de forma tão escandalosa e descarada que nada do que se diga tem qualquer  sentido ou relevância. 
Senão observem: o campeonato é, como dizem, uma prova longa e de regularidade e as equipas nele intervenientes cometem durante o decurso do mesmo diversos erros, mais ou menos frequentes, falham em estratégias mal delineadas ou conseguidas, atravessam altos e baixos e oscilações de forma e o clube que, no fim tirar o melhor aproveitamento dessa contabilidade, será ele o campeão. E é mesmo assim que o jogo deverá ser. Isso dará aso a que uma equipa que ontem perdeu ou empatou, amanhã possa aproveitar o deslize de outra nas mesmas circunstâncias e, dessa forma, recuperar do erro cometido, num evidente e forçoso equilíbrio de forças. Ora, se quando um clube está nessa boa forma ganha, será de esperar que quando jogar menos bem, o mais certo é que venha a perder algumas vezes. Porém, se nesse pico de má forma o tal clube for ajudado a ganhar com regras viciadas e, o que é pior, se o rival, mesmo jogando bem, ainda for empurrado para baixo, torna-se por demais evidente que o dito clube batoteiro, terá sempre a vitória e o sucesso garantidos. Isto é, joga sempre com regras e armas diferentes em qualquer circunstância. Por isso, acham que não faz diferença? Claro que faz e fá-la toda.  Como disse, há sempre um dia ou dias maus no meio de actuações memoráveis e brilhantes, como o Benfica costuma realizar. Contudo, se jogando muito ou jogando pouco, o clube corrupto ganha sempre e da maneira como o faz, logo se vê que os outros competidores nunca vão conseguir recuperar de qualquer percalço negativo; e então eu pergunto: que adianta ás outras equipas jogar bem ou fazer boas exibições? 
Entretanto e vergonhosamente, que vemos nós e o que tem sucedido durante mais de trinta anos? Que tudo não passa de um logro e de um embuste. De que serve algum clube perder, se um rival interessado nunca perde, mesmo quando tal cenário é mais que certo? De que serve um qualquer outro clube praticar um excelente futebol se outro adversário interessado, mesmo que jogue mal, acaba sempre por sair vitorioso? Acontece que a tal compensação pelo erro dos outros se tornará impossível, porque falseada.
E não há nada a fazer; digo mal, não há é ninguém que faça ou que queira fazer alguma coisa e, assim, tudo corre de forma imutável, com resignação, conformismo e submissão. O que se passou ontem em Guimarães vem corroborar as minhas asserções. Se o resultado do jogo com o desprezível grupo do Freixo não tivesse sido adulterado por um ladrão contumaz, já o impacto do desaire do Benfica em Barcelos, independentemente de outros juízos, teria sido menos pernicioso, ter-se-ia atenuado e entraria nas contas da referida contabilidade desportiva. E notem ainda, não tenho medo de o dizer, que hipócrita não sou: a única solução para travar estes desmandos e cortar o mal pela raiz é escorraçar os ladrões, amedrontá-los, desancá-los se necessário for e não lhes partir apenas dois dos dentes mas sim a dentadura inteira. Senão de que servirá todo esse falatório? E, o que é pior, no fim de tudo, toda a gente, até mesmo os que foram espoliados e vilipendiados, se aprestam, pressurosos, a reconhecer alarvemente que o ganhador foi um campeão com toda a justiça. 
Eu recuso-me a dançar nessa festa!


sábado, 13 de agosto de 2011

DESISTO!

Não sou daqueles que costuma chorar sobre leite derramado mas, reconheço, é demais e assim não dá. Uma equipa de supostas estrelas, pagas a peso de ouro, com pretensões a girar na alta roda do futebol e que se quer comparar a outros grandes Clubes, possuidora de pergaminhos históricos de certa monta, mas que não consegue ganhar a um modesto Clube de divisão secundária, recentemente promovido, que nem pré-época fez, de parcos recursos económicos, cheio de fome e penúria, sério candidato a uma nova descida de divisão, ainda com a agravante de ao fim de meia hora de jogo já ganhar por 2-0, tal equipa não merece, na realidade, conseguir qualquer êxito ou que se lhe tenha respeito. É por demais surreal  e mesmo absurdo. Santo Deus, mas como é possível que ninguém, em tantos anos, seja capaz de alterar este filme? 
Para quê entrar em mais um campeonato? Comecem já outros, tantas e tantas vezes quantas as que sejam necessárias para que as coisas possam ser diferentes! Não se trata de nenhum exagero porque eu já tinha previsto toda a situação e nem era assim tão difícil, mas o campeonato, ao fim de uma jornada, acabou mesmo e não venham agora com choradinhos bacocos, “ah e tal, não significa nada, acontece” e quejandas frases feitas para estas ocasiões; qual quê, amigos, só não vê quem não quer ou que  esteja prenhe de ingenuidade. Aos anos que é sempre a mesma coisa! Vem um clubezeco sem expressão com um craque qualquer - craque para eles, entenda-se - e basta-lhe apenas esse craque para derrotar uma super equipa como a do Benfica, sempre do mesmo modo, ad nauseam!  Por isso pergunto:  quem pode aguentar tudo isto? Só um mentecapto ou um louco!  
Dois pontos já foram; mau prenúncio, porque muitos mais irão voar ao longo da prova, não haja ilusões! A Liga dos campeões, também irá; ainda bem, digo eu. Porque estranho masoquismo o Benfica anda a esbanjar recursos que não tem, a fazer esforços inúteis, para nem sequer conseguir ganhar a um pequeno clube de província?
Desta forma, desisto; cheguei ao fim! Entendo que é um contra-senso arranjar sofrimento e depressões com uma porcaria como o futebol. Deixo aqui, destarte, o meu final lamento de Dido: futebol, nunca mais, Benfica, nunca mais! Há que saber morrer com dignidade.

domingo, 7 de agosto de 2011

A LUZ E A ALMA

Mosteiro da Flor da Rosa


Já o tenho afirmado muitas vezes que, embora minhoto, sinto um certo encanto pelo Alentejo; pelo seu calor intenso, pelo seu escaldante sol, pelas suas planícies fulvas e extensas, pelos seus solitários chaparros, pela sua emblemática gastronomia, pelo seu modorrento e lânguido cante. Por lá me acomodei muitas vezes e este ano, para não fugir á regra, rumei até á aldeia da Flor da Rosa, nas terras do Crato, famosa pelo seu vetusto mosteiro do qual foi  prior o pai do santo condestável D. Nuno Álvares Pereira e que nele jaz sepultado em histórico túmulo. Não é propriamente uma localidade sita na parte mais profunda da província, mas pouca diferença dela faz. 
É sempre bom experimentar o calor dum familiar, dum amigo, duma pessoa amada, dum seguidor, porque nos faz sentir animados e com força para enfrentar as agruras da vida: daí a importância que representa para o Benfica o incitamento e apoio dos seus sócios e simpatizantes, sobretudo nas horas mais difíceis e nos momentos em que se vê acossado pelos ataques soezes dos malfeitores e ladrões.
Ontem, já quase ao fim do dia, fui até um café para tomar uma bebida fresca e dei com ele muito cheio de pessoas que em frente dum televisor assistiam á transmissão da Eusébio Cup. A maioria da assistência era composta por gente simples, gente calejada e vivida, mais velhos que novos, mas que tinha em comum um grande fervor e ansiedade benfiquistas, manifestando-se em cada jogada e peripécia com ademanes e gestos de frustração ou alegria. Gosto muito de falar com as pessoas da terra onde me encontro e, no intervalo do jogo, com tudo mais sossegado, dirigi-me a alguns deles e perguntei-lhes:
—Amigos, vejo por vocês que por aqui há muitos benfiquistas.
Quase me não deixaram acabar porque logo um deles me atalhou de modo rápido e peremptório:
—Somos todos do Benfica, o maior de Portugal. 
E o compadre logo acrescentou:
—Mas o amigo não é de cá.
—Não, sou de lá de cima do norte.
Pareceu-me que esta resposta os deixou um tanto tristes e desiludidos.
—Ah! Então deve ser portista, pois dizem que nessas bandas todos são adeptos do tal Clube.
—Alto aí, atalhei; vocês é que confundem norte com Porto, mas não é nada disso. Embora a cidade do Porto fique no norte ela, de modo algum, representa o norte e garanto-vos que por toda essa região nortenha se vêem tantos benfiquistas como cá por baixo, sendo eu próprio benfiquista desde pequeno e agora também sócio. 
Foi uma enorme satisfação para todos e, terminado o desafio com a nossa vitória, deixei-me ficar muito tempo no meio daquela gente, a conversar, a confraternizar, a partilhar da sua alegria pela vitória, sobretudo e porque me dá um prazer enorme, a denegrir e maldizer os corruptos do Freixo e seu asqueroso mentor. 
Nesse momento e ali mesmo, pude apreciar então a verdadeira alma do Benfica, a beleza e genuinidade duma grande paixão, o brilho duma luz sem mácula, a simplicidade dum amor sincero, a fé convicta numa Instituição que se difunde por todo o País e por todo o Mundo. Não existe mais nenhum outro Clube que gere tal misticismo, tão cega e altruísta fé nos seus seguidores. Ontem, foi-me dado perceber e experimentar, de forma emocionada, o que é a alma do Benfica, muito mais que um Grupo de futebol, muito mais que uma Entidade desportiva; faz parte de um povo inteiro e como esse povo compõe a Nação, entendo que a sua alma é maior que a Nação, por isso, o Benfica é, com toda a propriedade e sem exagero,  maior que Portugal.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

AVES, ANIMAIS E OUTROS BICHOS

Não tenho nada a ver com outros Clubes, nem mesmo quero, mas dado ser um acontecimento público e que passou nas televisões, não deu para o ignorar e apenas lhe vou tecer um pequeno comentário por via do seu ineditismo. Estou a referir-me á apresentação da nova equipa dos lagartos onde, fruto da macaquice duma risível e bacoca imitação, foi exibida, antes do jogo começar, uma pequena gaiola dentro da qual parecia rosnar um cachorro de leão, de gestos agressivos, talvez aborrecido por se ver preso e confinado a uma exígua e apertada jaula. Confesso que a achei uma cena tão caricata, tão hilariante e tão ridícula que ainda, nesta altura, não consegui parar de rir. Coitado do animal, digo eu, e não sei se todo esse quadro não estará mesmo fora da lei; fora do bom senso está, com certeza. Eu sei bem o que os esverdeados sardões pretendiam para que tal imitação pudesse corresponder, de forma mais fiel, ao ritual que é (ou foi) levado a cabo com o símbolo vivo do Benfica, a nossa águia Vitória. Esta, por ser uma ave e poder voar, irrompia  pelos céus da catedral da Luz, altaneira e livre, sem prejudicar quem quer que fosse e, por isso, eu gostaria e seria mais a propósito, de ver um grande leão, de farta juba, a passear cheio de imponência pelo relvado, antes de cada jogo que se efectuasse na Alvaláxia. Havia de redundar num espectáculo ingente e épico, com todos os sócios e adeptos desse Clube, amontoados e em pânico, a fugir de tão assanhada fera. Para tal não acontecer, o melhor seria substituir o leão por uma pequena lagartixa, porém, tal solução teria o inconveniente de ninguém a ver, mimetizada no tapete verde, correndo mesmo o risco de ser esmagada por alguma  mais que provável  e fortuita pisadela.
Por outro lado, acho que este gesto do clube do visconde configura um mau precedente, pois isto de imitações trazem sempre inesperados percalços e, se a moda pega, não tarda muito  que o grémio corrupto também não queira ficar atrás. Só que, nesse caso, será uma tarefa mais difícil de executar por se tratar de um bicho mitológico. No entanto, como essa escumalha faz tudo o que quer, estou a topar a solução. Á semelhança do que fizeram ao comprar a baliza dum determinado estádio, assim também eles poderão contactar um desses estúdios cinematográficos onde se constroem carcassas mecânicas de dinossauros, abomináveis homens das neves e dragões e vão fazer voar o fabuloso mostrengo pelo negrume do céu da pocilga do Freixo, bufando labaredas de fogo e agitando as nervudas asas em batidas compassadas e medonhas. Essa, sim, será uma contemplação dantesca, assombrosa, inenarrável e cósmica que provocará nos basbaques seguidores da Besta e nas sevandijas dos seus lacaios paineleiros uma bajouja e nunca vista admiração.
As labaredas sopradas pelo monstro teriam, porventura, uma vantagem; a de neutralizar o cheiro nauseabundo da corrupção que fede naquele cortelho imundo de Contumil e a de mascarar a flatulência mal-cheirosa do peidoso mentor do estercorário chiqueiro.
E agora … ala, que vou de férias; mas não tenciono parar.