segunda-feira, 8 de outubro de 2012

TÍTULO HONORÍFICO


Andaram por aí umas atiladas sumidades, benfiquistas e não benfiquistas, no perverso intuito de apoucar o nosso Clube, a proclamar aos quatro ventos que o Barcelona era uma equipa do outro mundo, destilando, embevecidos, um abacocado espanto. Nada mais errado, porque não existem equipas de outras paragens cósmicas. Que digo? Não é bem assim pois existe uma só e única, a dos meliantes do Freixo; essa sim e sem sombras de dúvida é que é, na verdade, uma equipa doutra galáxia. 
Os meus caros leitores já repararam que se não fosse a intromissão do clube da corrupção no nosso campeonato de futebol e que, através da subversão de regras, de desenfreada batota, de toda a espécie de tráficos consegue chegar sempre em primeiro, a competição seria muito mais limpa e séria, muito menos nauseabunda e viciada? 
E, falando agora para nós, benfiquistas, chega-se á interessante conclusão de que o Benfica, sem essa corja de salteadores metida, poucos campeonatos teria perdido. Ninguém lhes escapa: nem os amigos, que só o são por interesse, nem os inimigos que se encontram indefesos perante tanta extorsão e tão eficiente e organizada máquina de mentira e crime. Sem nada se poder fazer para, pelo menos, atenuar resultados tão nefastos. 
No entanto, eu tenho uma ideia para se resolver todo este problema, de forma cordata e a contento de todos, muito embora não seja essa a minha solução preferida. Esta seria a de extirpar este miserável grupo de malfeitores do convívio com a gente séria como quem extrai um tumor infecto, sepultando-os nos mais abissais pélagos marinhos para que nunca mais pudessem contaminar as suas vítimas; e, mesmo assim, nunca fiando. No entanto, reconheço que esta forma necessitaria de executores com muita força e coragem, tão arreigado e profundo se encontra este maligno carcinoma. Então propunha o seguinte: atribuir de modo permanente e definitivo o título de campeão, “honoris causa”, á espúria Organização batoteira de Contumil, dispensando-a mesmo de competir em qualquer dos jogos, com’assim o resultado seria sempre o mesmo, só que com a vantagem de evitar o fedor e a degradação do triste espectáculo da viciação e da mentira. 
Mudaria alguma coisa? Mudar não mudava nada, porém, ao menos, sempre se havia de separar o trigo do joio. 

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