domingo, 11 de dezembro de 2011

TEMPOS DIFÍCEIS

Hoje de manhã ao levantar-me verifiquei, com mágoa, que os corruptos e os sardões verdes lá se conseguiram desfazer, melhor ou pior, dos seus adversários e, por tal motivo, colocaram o Benfica na incómoda obrigação de ter que vencer hoje na Madeira. 
Tudo isto vem de encontro ao meu pensamento; os batoteiros de Contumil nunca terão problemas porque, cá dentro, já se sabe a razão, não têm rival e, durante todo o campeonato, este e todos os outros,  tem sido sempre assim; limitam-se a fazer um treino em todos os jogos e depois apenas se esforçam um pouco mais contra nós; os terroristas pirómanos esses, coitados, apesar de estarem a fazer das tripas coração demonstrando uma pujança em que eu não acredito, também vão seguindo, pensam eles, a caminho do Olimpo. Desses, apesar disso tudo, não sinto nem tenho qualquer medo pois, me parece, vão parar perto.
A ilação que se pode extrair deste imutável panorama é a de que ao nosso Clube não basta ter uma grande equipa, que tal não adianta porque  mesmo as grandes equipas podem ter dias maus em virtude de serem constituídas por seres humanos, ficando sempre e dessa forma em desvantagem com outras que, pelo menos, parecem ser provenientes de outros mundos. Estas nunca são afectadas por crises, contratempos ou atribulações de qualquer espécie. É irrefutável e óbvio e, como disse, de nada adianta especular, congeminar estratégias ou alimentar expectativas, apenas inevitável conformismo.
Estou de acordo com todos aqueles que lamentam o que ocorreu ontem nas eleições para a Federação Portuguesa de Futebol porque tudo se passa como o virar dum disco que tem a mesma música gravada do outro lado; saiu um patife corrupto e entrou outro desavergonhado bem pior, lente que foi duma escola da mais refinada trafulhice. E tudo continuará na mesma triste situação, parece que ad æternum!
Queria muito manter-me calmo e seguro, alicerçado na força da qualidade da nossa equipa, porém, tendo em conta que as coisas não se desenrolam dessa forma, muito temo que, mais logo, o Benfica se veja relegado para posições que se não desejam mas que, dadas as circunstâncias, são de admitir como muito prováveis. Ele não virá um dia em que tudo volte ao normal? Creio que para mim já não!

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