sexta-feira, 22 de julho de 2011

HUMILDADE OU ARROGÂNCIA?


 Estranhamente, fala-se agora muito na “humildade” que o Benfica deveria ter. Mas quem alerta para isso são precisamente aqueles que mais incham o peito com a arrogância de que tudo está mal no Clube e que, por isso, o verberam e criticam, quase sempre sem fundamento, convencidos de que só eles é que estão certos, não admitindo sequer que possam estar errados. Deixemos esses a zurrar para o céu! Mas por que carga de água uma Instituição como o Benfica terá de praticar a humildade, quando são outros que agem exclusivamente concentrados na obsessão de o destruir e humilhar? Custa-me, na verdade, ouvir tais dislates, todavia, para mim valem o que valem! Quem tem consciência do seu valor e da sua força não pode andar como um pedinte, de chapéu na mão, a reconhecer virtudes a quem as não possui. O Benfica tem de viver sempre de cabeça bem erguida pois, em conceitos morais, não recebe lições nem deve nada a ninguém! A falsa humildade, na maioria das vezes, não passa de um orgulho encoberto. Entendo e acho até bem que, se o puder fazer, bata forte e feio naqueles inimigos que o odeiam. 
Sempre tive a convicção própria de que, após ter deixado de jogar só com portugueses, o Benfica deveria dar preferência, em primeiro lugar a jogadores espanhóis, depois a europeus e a seguir a jogadores africanos. Explico porquê: os espanhóis são muito parecidos connosco, identificados com os nossos costumes e com a nossa raça, - não são eles conhecidos como nuestros hermanos? - os europeus possuem outra cultura de seriedade e profissionalismo e os africanos levam dentro de si a força inata e selvagem duma privilegiada tendência para o jogo da bola. Mais ainda porque já foram atributos que o nosso Clube praticou, mormente  nos tempos de Eusébio e companhia e a que tive o privilégio de assistir.
Aqui há meia dúzia de anos fui visitar umas pessoas de família á minha terra de origem, junto da raia galega, onde a convivência com os vizinhos espanhóis é normal e diária. Nessa altura andava o Clube pelas ruas da amargura e falando nós em tais dificuldades alguém me disse com acentuada convicção:
— Olhe, o Benfica, para sair do buraco em que encontra e levantar a cabeça, que contrate jogadores espanhóis e vá buscar o Camacho. É espanhol e homem de forte determinação!
Nunca mais me esqueceu tal alvitre com o qual se tornava evidente concordar e não é que, pouco depois, o Camacho veio treinar o Benfica? Infelizmente todos sabemos no que deu, mas reconheço que não foi por culpa dele e que, mesmo assim, a partir daí, sempre algo mudou para melhor.
Por via disso, muito me apraz constatar que, com mais relevância nesta época que agora começa, algumas daquelas minhas ideias se estejam a concretizar e a seguir no nosso Clube. Não fora ainda a grande proliferação de brasileiros e argentinos que, quanto a mim, pouco peso trazem ao grupo, esse meu conceito seria muito mais abrangente.
Apesar de tudo e se, desgraçadamente, os dados não estivessem viciados neste país, o plantel que o Benfica possui neste momento era mais que suficiente para conseguir os desejados resultados desportivos.

1 comentário:

k disse...

Ora ai está uma boa sapatada de luvas pretas, sem caviar , a alguns pavões desta triba do futebol ,bem feita ..

mais nada,nem chiiam,nem miam.