terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A EPOPEIA DO BENFICA

Quando tomava o meu cafèzinho da manhã na companhia dos amigos, chamou-me a atenção, num jornal diário que um deles estava a ler, a fotografia do José Augusto e de outro indivíduo que não identifiquei, segurando ambos nas suas mãos um livro com o título de O GLORIOSO. Ao ler a notícia completa verifiquei então que o personagem desconhecido era um industrial de Barcelos, de nome Coriolano Passos Vieira, autor do referido livro que ele pretendia fosse um poema épico, em quatro cantos, aos grandiosos feitos do Benfica. É evidente que não se trata de um Camões imortal, porém, devemos louvar sempre estas iniciativas porque o nosso Clube merece tudo isso e muito mais. 
Na verdade, se o Benfica já existisse no tempo do nosso grande Poeta Épico este, certamente, teria escrito  na mesma “Os Lusíadas”, pois o Povo que então praticou os heróicos feitos exaltados nessa genial epopeia é o mesmo Povo que hoje  forma a natureza do Benfica,  que o motiva e que o ama. Porque o Benfica é o próprio Povo, porque as gloriosas façanhas do Benfica enaltecem e enchem de orgulho esse mesmo Povo e o Benfica nunca desmereceria da pena de um verdadeiro Camões. Não aconteceu ainda, contudo, já muito de bom se tem escrito em sua glorificação ao longo de muitos anos. 
Devo dizer que faço parte de uma numerosa tertúlia de amigos benfiquistas, a maioria já  considerados jarretas (ou “marretas"), também com uns quantos jovens á mistura, que quase todos os dias se junta num café aqui da terra e fala dos mais diversos temas e motivos. Todos prezam as suas personalidades e os seus feitios, tendo mesmo alguns poucos certas manias bem bizarras: entre eles está um companheiro denominado Tone de Côrtes, ao qual se lhe afigura ter veia poética. E até é capaz de ter. Assim e a talho de foice permito-me inserir aqui um soneto que ele escreveu, certo dia, sobre o assunto:

                                                            OS PARCEIROS
Juntam-se todos os dias da semana
Bento, Codeço, Lúcio e Ribeiro,
Lago, Aparício e o Zé, dito bègueiro,
Engenheiro Pedro e o Dr. Viana.

É no café Arcuense do Oliveira
Que sexo, amor, futebol, política,
São discutidos com acesa crítica
Durante horas a fio, sem canseira!

Porém, um motivo surge sempre ali
Que é falado com raiva e frenesi
E que, de forma alguma, se explica:

É um Clube grande, eterno e sem rival, 
Que projecta no Mundo Portugal,
Com o glorioso nome de Benfica!


Acho que até tem uma certa piada!

3 comentários:

Carlos Alberto disse...

Tem piada sim senhora.

P.S.

Não queres juntar o meu aos teus blogues?

http://benfiliado.blogspot.com/

Viriato de Viseu disse...

Soberbo Poste e parabéns ao POETA !!!

RIVUS disse...

Amigo Carlos Alberto: se verificar já coloquei o seu blogue á lista do meu. Vou começar a consultá-lo com todo o gosto.