terça-feira, 15 de março de 2011

GUERRA, É GUERRA!

Anda por aí muita portistada a proclamar com euforia que vão ganhar o campeonato no Estádio da Luz, o que é uma mentira pegada pois esses trafulhas sabem perfeitamente que já o roubaram há muito tempo, da forma que todos conhecem.
Porém, se isso vier a acontecer, qual o espavento? Na Luz também todos sabem que eles o poderão festejar livremente e de forma civilizada, - civilização do lado do Benfica, entenda-se - ao contrário do que aconteceu no ano passado quando, porque assim calhou, se deu a coincidência de o Benfica poder ganhar o campeonato no Freixo. Se assim tivesse acontecido e só não aconteceu pelos motivos sobejamente conhecidos, alguém no seu perfeito juízo entenderia que lá se poderia esboçar sequer alguma veleidade de festa? Pois se até na própria cidade do Porto, que fica em território português, o Benfica, clube nacional por excelência, é tratado pior do que se fosse estrangeiro! …
A minha opinião, no entanto, é a de que nós, os benfiquistas, deveríamos obstar, por todos os meios, legítimos e até ilegítimos, que tal acontecesse. Quem é que considerou o desporto em Portugal como uma guerra e, além do mais, uma guerra suja? Não foi a nossa Instituição, com certeza. Por isso, entendo que a nação benfiquista tem actuado com muita pusilanimidade, mansidão e mesmo certa timidez, levando a pensar numa verdadeira capitulação. Vou pela ideia do Dr. Pragal Colaço e não tenho nenhum medo de o declarar; se os nazis agridem com bombas e canhões, os Aliados não podem justificar a sua passividade com o argumento de que não querem baixar ao nível do beligerante agressor. 
Vivo perto da antiga fronteira do Lindoso e é frequente ir com alguns amigos dar uns  passeios até á Galiza, sobretudo para beber, na povoação de Lobios, nas fraldas do Gerês, um fresco copo de cidra tirado á pressão, como se fosse um “fino”. Aqui há tempos, entranhamo-nos mais pelo interior, até Celanova. Era tempo de eleições regionais galegas e, em plena praça dessa cidade, de fronte do seu monumental convento, podiam ver-se duas altas forcas das quais pendiam as figuras de palha de dois candidatos, não sei de que facção política. Hoje, conversando com um desses amigos, por sinal benfiquista, sobre o jogo dos corruptos, ontem,  com o Leiria e frisando o pénalti da praxe assinalado a favor deles, com a costumeira presteza, já se vê, me retorquiu:
Olhe, enquanto não puserem á entrada do nosso Estádio meia dúzia de cadafalsos com bonecos moldados á figura de outros tantos patifórios bem conhecidos, a balançar pendurados de cordas, como vimos em Celanova, nunca mais teremos paz nem conseguiremos nada. Para já era começar por aí e poderia ver o efeito psicológico que resultaria de tal mensagem!
Guerra é guerra, digo eu, sobretudo quando não foi o Benfica que a desencadeou!

4 comentários:

Carlos Alberto disse...

Quais bonecos? Com os patifórios em carne e osso, mesmo!!!

GuachosVermelhos disse...

Por mim eram pendurados já desossados...

Unknown disse...

Completamente de acordo. No campeonato eu já admito perder todos os jogos - desde que não percamos o segundo lugar -, mas aos corruptos temos obrigatoriamente de ganhar, pois é na Luz e ninguém quer que eles terminem o campeonato invictos.
O problema é que o facto de ser na Luz não inibe o árbitro de fazer das suas, como se viu logo na primeira jornada contra a Académica...

Dylan disse...

Belas terras galegas. E o Mosteiro?...
Mas diga a esses cabrões de Lobios que deixem as pessoas usarem livremente as águas termais que a natureza nos proporcionou.:)